segunda-feira, 19 de agosto de 2013

DE EMPREGADO A EMPREGADOR



Os brasileiros sempre foram domesticados a serem empregados e consumidores. Isso é uma realidade. Para qualquer pessoa que tenha estudado em escolas públicas, é fácil esse entendimento. As escolas ignoraram e parecem ignorar, que ao final dos anos letivos, os alunos possam raciocinar. O principal serviço prestado aos alunos não foi a alfabetização, mas sim a domesticação dos mesmos, direcionando-os a serem consumistas e viverem dentro de um roteiro pré-estabelecido.
Criatividade é algo vago para a maioria das pessoas. Inovação e empreendedorismo são palavras, que muitas vezes não trazem um significado lógico. As pessoas deixaram a curiosidade e se adaptaram dentro de um modelo, conforme vive a maioria. Eles estão na base da pirâmide social. São os que consomem, trabalham e se distraem. O último item, às vezes lhes é induzido para mascarar a realidade (copa do mundo, olimpíadas, carnaval, shows, etc.).
Como disse antes, fomos orientados sempre a sermos empregados. Mas quem pode afirmar com convicção, que essa é a melhor escolha para as nossas vidas? Lembro aqui, que só temos uma, portanto, devemos usá-la com racionalidade.
Por longos anos trabalhei de empregado, seguindo a tendência da maioria das pessoas. Todo santo dia, acordava de madrugada e, muitas vezes dormia perto da meia noite, sempre produzindo, como uma abelha ou uma formiga operária. Com o passar dos anos, pude abrir um negócio próprio.  Felizmente, estou melhor agora, em comparação à época em que era empregado. Entretanto! Não posso afirmar categoricamente aqui, que todas as pessoas que fazem a opção que fiz, poderão ser bem sucedidas. E por que não serão? Não é a tendência, passarmos de empregados à empregadores? Não é um sinal de evolução?
Digo-lhes que nem todos conseguem se sair bem em seus negócios, simplesmente porque ignoram muitos pontos importantes, que eu compartilharei agora. A maioria cai na bobagem de fazer como a escola as ensinou, ou seja, criam uma empresa, começando pelo nome, cartão de visitas, website, CNPJ e Alvará de Funcionamento. Mas existe alguns outros pontos importantes, como já mencionei, para criar, promover e vender os bens e serviços produzidos.
Primeiramente, elas devem escolher uma ideia apaixonante. Somente quando as pessoas trabalham com o que gostam e estão alinhadas, é que obterão o sucesso esperado. Elas nunca devem escolher uma ideia somente porque dá dinheiro. Elas devem escolher a ideia que elas possam se enquadrar, com suas aptidões e talentos. Nem todas as pessoas são administradoras de negócios, é justamente aí que uma grande percentagem de novos empreendimentos morrem antes mesmo de nascerem.
Em seguida, há a necessidade de transformar a ideia num produto de prateleira, mesmo que essa ideia seja um “serviço” e não um “bem”. É nesse momento que o conhecimento deve ser maximizado, com informações adquiridas sobre o produto a ser oferecido no mercado. Por exemplo: Suponhamos que a ideia seja uma empresa de prestação de serviços de jardinagens. A ideia tradicional é vender o “serviço”. A Ideia que estou tentando ensinar é vender “o excelente serviço de jardinagem profissional”, onde a empresa poderá ter a capacidade de enviar à casa do cliente, pessoal capacitado para executar todo o serviço necessário, em menor tempo possível, com destreza e eficiência.
As pessoas com ideias empreendedoras, devem testar a aceitação do seu “produto” através de cadastramento de e-mails e mala direta. O objetivo é obter maiores informações, através de testes de aceitabilidade, bem como, apresentar e promover o produto no mercado. Existem várias formas de fazer estes testes. As ideias são boas, quando são aceitas no mercado.
Para encerrar, há a necessidade de se criar um relacionamento com o cliente. O futuro cliente só comprará a ideia se conhecer, gostar e confiar. Quem empreende, sabe que de nada adianta estar ganhando dinheiro com aquilo que não é prazeroso. Se não há satisfação no trabalho, ele vira sacrifício. Sendo sacrifício, ele fatalmente fracassará, perdendo espaço para aquele empreendedor que realmente gostava daquilo que tentava fazer bem.

domingo, 11 de agosto de 2013

26º JOGUINHOS ABERTOS DE SANTA CATARINA


Terminaram os 26º Joguinhos Abertos de Santa Catarina – Etapa Regional Centro-Oeste, realizada em Curitibanos, nos dias 06 a 10 de agosto de 2013. O resultado final foi deprimente para Curitibanos. Vergonhoso mesmo. Não é de agora que ocupamos as últimas colocações em competições dessa natureza. Isso precisa ser tema principal de pauta de reunião na Secretaria Municipal de Esportes. A cidade, mais uma vez, sediou uma importante etapa a nível estadual. Estrutura física até sobrou para as competições. O que faltou, foi investimentos em atletas, que pudessem representar a cidade.
Isso mesmo, os atletas ao serem perguntados sobre a vexatória colocação curitibanense na competição, alegaram falta de investimento do setor público e privado. Está mais do que na hora de Curitibanos começar a despontar, principalmente nas modalidades que está bem servida em estrutura física, como as modalidades que são realizadas em quadras de ginásio de esportes. A cidade conta com quase uma dezena de quadras cobertas para uso dos atletas em treinamentos.
Só para vocês terem uma ideia de que não estou escrevendo besteira aqui, a nossa vizinha cidade de Lages, ficou em primeiro lugar no certame, com 62 pontos enquanto Curitibanos, nossa cidade, que quer despontar na região serrana em vários aspectos de crescimento e qualidade de vida, ficou em penúltimo lugar de um total de 21 cidades.
Cidades pequenas, bem menores que Curitibanos, com menor estrutura física, ficaram em posições bem melhores na computação da pontuação final. Destaco aqui as pequenas cidades de Luzerna, Presidente Getúlio, Pinheiro Preto, Vargem Bonita, Tangará, Vargem, Erval Velho, Iomerê e Lontras.
O que será que está acontecendo de verdade na área esportiva aqui em Curitibanos? Falta de atletas ou falta de treinamento em formação de atletas? Os professores de educação física, nos colégios estaduais e municipais, têm identificado os potenciais atletas em suas diversas modalidades? Qual o interesse em sediarmos uma competição, em que já sabemos que ficaremos entre os últimos? A quem interessa esse vexame? Não adianta virem com a desculpa esfarrapada de que “é melhor competir do que ganhar” que não cola mais. Ninguém gosta somente de competir. Todos nós, ao adentrarmos numa competição, queremos ganhar, lutamos pela vitória ou pelo pódio.
Ao ver os resultados apresentados pela Fundação Catarinense de Esporte – FESPORTE, da etapa regional dos joguinhos abertos, realizados aqui em Curitibanos, lembrei que no ano passado, em competição semelhante, a vexatória colocação do município entre os últimos competidores, foi motivo para embate político entre alguns partidários da antiga gestão municipal e partidários da atual gestão.
Percebi que as modalidades disputadas aqui foram as coletivas, as que envolvem mais de um atleta em equipes. Justamente, estas modalidades, são as que precisam de uma atenção redobrada. Modalidades coletivas precisam de mais de uma cabeça para treinar, organizar, preparar e cuidar do desempenho físico e, emocional de cada atleta. As modalidades que estão envolvidos atletas individuais, geralmente necessitam de um treinador, mas as equipes necessitam de roupeiros, massagistas, psicólogos, fisioterapeutas, além do treinador.
Tá aí! Existe um problema! Este problema vem de tempos atrás. Cabe aos atuais gestores acharem uma solução e colocar Curitibanos num lugar mais apropriado, digamos assim. Colocar a cidade entre cidades do mesmo porte estrutural. Esperamos que tenhamos pessoas qualificadas para isso. Pelo menos, eu creio que sim. Estão à frente da Secretaria Municipal de Esportes professores de educação física renomados. Não cabe-me dar receita alguma para essa questão. Não sou professor de educação física, treinador, árbitro de futebol ou outra modalidade, nem tampouco, fisioterapeuta ou “personal trainer”.
Ao nos aproximarmos da elaboração do Plano Plurianual (PPA) municipal, que estabelece as diretrizes, objetivos e metas, que serão observados e seguidos pelo gestor municipal, no caso o Prefeito Municipal de Curitibanos, é pertinente que sejam destinados recursos diferenciados, dos até aqui locados para a fomentação das modalidades esportivas. Prefeito, vice-prefeito, vereadores e todos os envolvidos, inclusive a população, devem cobrar essas mudanças. Pois há muito o que fazer na área esportiva em Curitibanos.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

IDHM DE CURITIBANOS - 2010

Texto de Antonio Carlos Popinhaki


Dia 29 de julho de 2013, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), divulgou a relação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) brasileiro. O município de Curitibanos, no ano de 1991 tinha o índice de 0,514. No ano 2000 tinha o índice 0,621 e na última listagem, tem 0,721, com um crescimento de 16,1%, ocupando a 178ª posição no Estado, que possui 295 municípios. O índice ficou bem abaixo da média de Santa Catarina que foi de 0,774. Uma cidade vizinha (Rio do Sul), que está num raio de 100 quilômetros, teve o índice maior do que a média estadual.

IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), é um índice que serve de comparação entre os países, com objetivo de medir o grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. O relatório anual do IDH é elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU.

Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é usado para apurar o desenvolvimento de cidades, estados e regiões.

No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e Produto Interno Bruto per capita.

Após a divulgação do índice, encontrei algumas pessoas comemorando o resultado em Curitibanos.  Particularmente, posso analisar e comentar o que eu enxergo no número. Apesar de estarmos numa situação favorável em relação a muitas outras cidades brasileiras, não consigo pensar em comemorações. Eu ficaria feliz se estivéssemos ao menos na média estadual e não na média nacional. Na média estadual porque Santa Catarina, ficou em terceiro lugar a nível de Brasil. Na frente dos nossos vizinhos Estados do Rio Grande do Sul e Paraná.

Os índices são de 2010, não há o que comemorar ainda. Apesar de Curitibanos estacionar num local um pouco mais confortável, precisamos avançar mais. Nos últimos anos percebi que a administração municipal foi competente e procurou fazer o seu melhor. O pior é que sempre encontraremos pessoas que somente terão olhos e pensamentos para a crítica, utilizando-se de meios politiqueiros para aparecer. Repito, os índices são de 2010.