Depois
de longos meses ou anos de namoro, os jovens promissores resolveram casar.
Depois de um longo período de conhecimento, sendo que na maioria dos casos, o conhecimento
não foi só de personalidade. Investigaram-se ao extremo e decidiram que ambos
encontraram ali sua alma gêmea. Então noivaram e marcaram a data do casamento.
Tanto um como o outro não provêm de famílias de grandes posses. Como na maioria
dos casos, no Brasil, ambos são de classe média, tendo seus pais labutado incansavelmente
por longos anos.
Então
resolveram “juntar os trapos”! Uma vez casados, formarão um novo lar, e
consequentemente, uma nova família. Haverá a necessidade da sintonia de
entendimento, para que esta nova família possa prosperar e ajudar na formação
ou manutenção da sociedade.
Após
o casamento, tudo vai às mil maravilhas. Tudo está em ordem e o amor impera
naquele novo lar. As finanças estão sob o total controle do casal. Ambos
trabalham e juntam seus ordenados. Decidem juntos o que fazer, o que comprar e
onde investir. Parece-lhes fácil a administração do lar. Pagam o aluguel, sabem
exatamente quanto podem gastar com alimentos, vestuário e ainda colocam um
pouco na poupança.
Para
esse jovem casal, o entrosamento existe, porque houve um diálogo permanente,
iniciado desde o namoro. Quando ainda estavam na fase do descobrimento e do
conhecimento mútuo. Ambos sempre conversaram muito, sobre onde depositariam
suas despesas familiares, uma vez casados.
Então
acontecem os imprevistos. A família vai aumentar! Um novo membro é esperado. Um
bebê! Este bebê poderá desestabilizar os controles familiares daquele lar feliz?
Sim e não! Isso exigirá mais dos pais em termos financeiros. Fraldas, leite e
alimentos especiais. Nos primeiros meses de vida, roupas, brinquedos, consultas
médicas de rotina e possíveis remédios, são gastos inerentes para qualquer
bebê.
Felizmente
para qualquer lar que esteja alicerçado no diálogo e na racionalidade não
haverá desestabilização. Haverá sim uma mudança de hábitos e rotinas
corriqueiras. Isso não significa, que não seja possível superar estes
transtornos com naturalidade e amor.
Mas
para os lares onde não houve diálogo, não se prepararam para uma situação tão
comum, como a chegada de um bebê, poderá haver consequências dramáticas. Dívidas
poderão ser contraídas. Será difícil até mesmo manter em dia os gastos
presentes. Ao adicionar mais gastos com o bebê, a vida poderá se tornar
insuportável para os cônjuges.
As
dívidas e os problemas financeiros, são responsáveis por lares destruídos e um
considerável número de divórcios. Para muitos, no Brasil, o amor existe até a
ausência de dívidas. Ou enquanto, o casal puder pagar seus compromissos. Num
momento, em que um dos dois cônjuges fique desempregado e haja dificuldades
para honrar os compromissos assumidos, a chama do amor tende a se apagar.
As
brigas são inevitáveis. Ambos se acusam de descontrole. Descobri que os homens
se endividam comprando jogos de lazer, aparelhos eletrônicos, bebidas e também
em suas empresas. Já as mulheres se endividam comprando roupas, sapatos,
acessórios, perfumes e cosméticos.
Ao
ler sobre o assunto para preparar este artigo, deparei com algo comum nestes
tempos de igualdade de gênero. No primeiro caso, uma mulher, psicóloga, casada
há dez anos com um engenheiro, divorciou do marido porque ganhava mais e sempre
tinha que pagar as despesas do cônjuge. O marido, era autônomo e não podia
quitar nem as despesas do cartão de crédito. Noutro caso, outra mulher! Uma
dentista, casada há quinze anos e mãe de dois filhos. Divorciou porque tinham
despesas mensais de doze mil reais. Segundo ela, o marido há anos não conseguia
contribuir nem com mil reais mensais. Não estudava e nem se preocupava em
melhorar a sua renda pessoal. Ela afirmou que praticamente levava a família
sozinha nos ombros.
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