quarta-feira, 17 de julho de 2013

UM LAR BEM ALICERÇADO!

Depois de longos meses ou anos de namoro, os jovens promissores resolveram casar. Depois de um longo período de conhecimento, sendo que na maioria dos casos, o conhecimento não foi só de personalidade. Investigaram-se ao extremo e decidiram que ambos encontraram ali sua alma gêmea. Então noivaram e marcaram a data do casamento. Tanto um como o outro não provêm de famílias de grandes posses. Como na maioria dos casos, no Brasil, ambos são de classe média, tendo seus pais labutado incansavelmente por longos anos.
Então resolveram “juntar os trapos”! Uma vez casados, formarão um novo lar, e consequentemente, uma nova família. Haverá a necessidade da sintonia de entendimento, para que esta nova família possa prosperar e ajudar na formação ou manutenção da sociedade.
Após o casamento, tudo vai às mil maravilhas. Tudo está em ordem e o amor impera naquele novo lar. As finanças estão sob o total controle do casal. Ambos trabalham e juntam seus ordenados. Decidem juntos o que fazer, o que comprar e onde investir. Parece-lhes fácil a administração do lar. Pagam o aluguel, sabem exatamente quanto podem gastar com alimentos, vestuário e ainda colocam um pouco na poupança.
Para esse jovem casal, o entrosamento existe, porque houve um diálogo permanente, iniciado desde o namoro. Quando ainda estavam na fase do descobrimento e do conhecimento mútuo. Ambos sempre conversaram muito, sobre onde depositariam suas despesas familiares, uma vez casados.
Então acontecem os imprevistos. A família vai aumentar! Um novo membro é esperado. Um bebê! Este bebê poderá desestabilizar os controles familiares daquele lar feliz? Sim e não! Isso exigirá mais dos pais em termos financeiros. Fraldas, leite e alimentos especiais. Nos primeiros meses de vida, roupas, brinquedos, consultas médicas de rotina e possíveis remédios, são gastos inerentes para qualquer bebê.
Felizmente para qualquer lar que esteja alicerçado no diálogo e na racionalidade não haverá desestabilização. Haverá sim uma mudança de hábitos e rotinas corriqueiras. Isso não significa, que não seja possível superar estes transtornos com naturalidade e amor.
Mas para os lares onde não houve diálogo, não se prepararam para uma situação tão comum, como a chegada de um bebê, poderá haver consequências dramáticas. Dívidas poderão ser contraídas. Será difícil até mesmo manter em dia os gastos presentes. Ao adicionar mais gastos com o bebê, a vida poderá se tornar insuportável para os cônjuges.
As dívidas e os problemas financeiros, são responsáveis por lares destruídos e um considerável número de divórcios. Para muitos, no Brasil, o amor existe até a ausência de dívidas. Ou enquanto, o casal puder pagar seus compromissos. Num momento, em que um dos dois cônjuges fique desempregado e haja dificuldades para honrar os compromissos assumidos, a chama do amor tende a se apagar.
As brigas são inevitáveis. Ambos se acusam de descontrole. Descobri que os homens se endividam comprando jogos de lazer, aparelhos eletrônicos, bebidas e também em suas empresas. Já as mulheres se endividam comprando roupas, sapatos, acessórios, perfumes e cosméticos.
Ao ler sobre o assunto para preparar este artigo, deparei com algo comum nestes tempos de igualdade de gênero. No primeiro caso, uma mulher, psicóloga, casada há dez anos com um engenheiro, divorciou do marido porque ganhava mais e sempre tinha que pagar as despesas do cônjuge. O marido, era autônomo e não podia quitar nem as despesas do cartão de crédito. Noutro caso, outra mulher! Uma dentista, casada há quinze anos e mãe de dois filhos. Divorciou porque tinham despesas mensais de doze mil reais. Segundo ela, o marido há anos não conseguia contribuir nem com mil reais mensais. Não estudava e nem se preocupava em melhorar a sua renda pessoal. Ela afirmou que praticamente levava a família sozinha nos ombros.
Volto então a repetir que “para qualquer lar que esteja alicerçado no diálogo e na racionalidade, não haverá desestabilização. Haverá sim uma mudança de hábitos e rotinas corriqueiras. Isso significará a possibilidade de superação de transtornos com naturalidade e amor”.


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