Nesta semana, recebi
o telefonema de um amigo que mora no centro de Brunópolis. Ele me fez uma
sugestão, que acabou virando um texto para a coluna desta semana. O assunto é
muito importante, não só para os brunopolitenses, mas também para todos os
demais leitores.
Trata-se do cuidado
e atenção que devemos dar para o uso da água potável. A preocupação é com a
atenção e os cuidados que todos devem ter com este líquido tão precioso.
Segundo me informou este amigo, a prefeitura municipal de Brunópolis é quem
administra o fornecimento de água para a população urbana do município. Ele me
falou também que paga mensalmente, cerca de oito reais na sua fatura de água.
Se os valores forem semelhantes para os demais moradores, isso demonstra que
são bem insignificantes, em relação aos cobrados por outras empresas e
prefeituras de outras cidades catarinenses. Por exemplo, a CASAN, que
administra o fornecimento de água em Curitibanos, cobra valores bem superiores.
O ponto central do
problema era que em plena segunda-feira de manhã, faltou água na sua residência.
A razão era desconhecida. Pode ter sido de ordem técnica, de manutenção, ou consertos.
Entretanto! Fui informado por ele de que algumas pessoas aproveitaram o sol de
sábado e domingo e lavaram seus carros com suas mangueiras. Não sei precisar
qual o tamanho em capacidade de litros ou metros cúbicos da caixa d’água, que
abastece a população de Brunópolis, mas se foi realmente esse o motivo da falta
d’água, então a população precisa de uma melhor conscientização, sobre como
deve usar este precioso líquido.
Todos escutamos
cotidianamente que um dia a água potável poderá acabar. Alguns mais afoitos,
afirmam que a terceira grande guerra mundial poderá ser pelo domínio da água. O
Brasil concentra em torno de 12% da água doce do mundo disponível em rios. E
abriga o maior rio em extensão e volume do planeta, o Amazonas. Além disso,
mais de 90% do território brasileiro recebe chuvas abundantes durante o ano e
as condições climáticas e geológicas propiciam a formação de uma extensa e
densa rede de rios, com exceção do semiárido, onde os rios são pobres e
temporários. Essa água, no entanto, é distribuída de forma irregular, apesar da
abundância em termos gerais. A Amazônia, onde estão as mais baixas
concentrações populacionais, possui 78% da água superficial. Enquanto isso, no
sudeste, essa relação se inverte: a maior concentração populacional do país tem
disponível 6% do total da água.
Pesquisando sobre o
assunto, descobri também que o Brasil possui em seu subsolo, uma reserva imensa
de água. Trata-se do aquífero guarani. Só que há um problema. Em muitos locais,
por falta de políticas ambientais rígidas, há poluição em lençóis freáticos. Isso
se dá, porque o próprio lençol freático é uma grande cisterna, onde abriga a
água da chuva que é infiltrada de maneira morosa. Da mesma forma, óleos,
resíduos químicos líquidos depositados de forma errada, infiltram o solo e se
misturam com a água limpa do lençol freático.
A água potável do
município de Brunópolis vem, na sua maioria, de poços artesianos. Essa água que
está no subsolo é quase como uma água mineral para a população que a degusta. A
natureza levou uma eternidade para dispô-la da maneira como ela é apresentada
hoje. Nada mais justo do que aproveitá-la ao máximo para o consumo humano.
Em algumas cidades
brasileiras, há objeção por força de legislação, para a construção de novos
poços artesianos e semiartesianos. Talvez um pouco de bom senso ajudará a
todos, no sentido de conscientização sobre este assunto tão importante.
Esse bom senso vai
além da preservação e do uso consciente da água. Vai também no sentido de não
jogar óleos, líquidos poluentes e até mesmo embalagens de agrotóxicos em
lugares que não são os apropriados para essa finalidade.
Sabemos que até mesmo os oceanos, estão com altos índices de poluição.
Que legado queremos deixar para nossa posteridade?
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