segunda-feira, 1 de julho de 2013

MANIFESTAÇÕES PRESENTES!


Estou acompanhando, de forma passiva, através das mídias de comunicação disponíveis, as manifestações que estão ocorrendo nos quatro cantos do Brasil! Juntando-me a uma enorme massa, que está agindo de forma igualitária. Enquanto acompanho o desenrolar dos acontecimentos, presto atenção e medito o impacto social macroeconômico disso tudo. Principalmente porque, na nossa região interiorana as manifestações são mais do que pacíficas.
A lista de reivindicações exigidas ou apontadas pelos manifestantes é grande. Vai desde a diminuição de passagens de ônibus urbano, até a substituição de parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado. Às vezes, por falta de uma efetiva liderança, os manifestantes lutam por causas quase impossíveis.
O governo parece atordoado com estas manifestações. Tanto nas esferas federal, estadual e municipal. Algumas reivindicações foram atendidas, conforme as facilidades e determinação dos representantes do povo. Foi assim com a derrubada da PEC-37, e a redução de passagens de ônibus em várias cidades brasileiras.
As causas disso são muitas e certamente, não há como isentar qualquer responsabilidade dos gestores que representam o poder do Estado. A inflação é nítida nas gôndolas dos supermercados. Alimentos mais caros retiram o poder aquisitivo do povo. Passagens de ônibus mais caras, mesmo que sejam centavos, retiram uma parte do dinheiro do salário que só reajusta anualmente. Consequentemente, também retiram o poder aquisitivo. O Brasil está atravessando um sério problema de inflação.
Assisti recentemente um embate interessante na televisão. O programa era de entrevistas na Globo News. O assunto era justamente a inflação brasileira atual: alguns economistas discutiam sobre a causa da presente e impertinente inflação em nosso país. Um deles afirmou que a inflação é de demanda, ou seja: quando há um aumento na procura de determinado produto ou serviço. Exemplo: cerveja no carnaval, chocolate na páscoa. Outros economistas defendiam que a Inflação é de custo:  ou seja, quando o custo de determinado produto ou serviço, sofre um aumento brusco, devido um fator externo a seu meio. Exemplo: A gasolina aumenta o preço nos postos de combustíveis, porque os camioneiros fizeram greve. Ou pode ocorrer em produtos safristas, como frutas e verduras, que fora da época ficam mais caros.
É época para remoermos os conceitos sobre economia de mercado. Voltarmos aos livros e revermos todas as teses relacionadas ao assunto. Sem inflação, sobra mais dinheiro no bolso das pessoas. O que dá a impressão de que a economia está estacionada num sentido estável. O governo tem muita culpa no aumento da inflação. Incha demais as estatais, com cargos e salários polpudos. Distribuindo empregos a pessoas que não são técnicos e sim políticos. Os lucros, não aparecem sem que haja aumentos das tarifas públicas, como energia elétrica, água, combustíveis. Aumentando estas tarifas, o governo puxa o preço de muitos outros produtos para cima. Sobem os fretes, sobem os produtos que são dependentes dos fretes.
As manifestações são pertinentes nesta época. Não são apenas reclamações sobre a inflação e os altos preços. São um repúdio do povo quanto aos péssimos serviços oferecidos ao povo pelo Estado. Saúde de péssima qualidade, com pessoas morrendo aos montes nos hospitais brasileiros. Educação de baixo nível, com uma constante queda de braços entre governo e professores. Até quando precisaremos passar por estas humilhações?
Fico revoltado, ao ver pessoas que antes se mostravam a favor destas reinvindicações e que agora estão no poder, especialmente aqui em Curitibanos. Travando verdadeiras batalhas de palavras nas redes sociais, tentando defender uma causa perdida. Causa perdida mesmo, porque o tamanho destas manifestações são imensuráveis.
É só notarmos como está o Egito, a Líbia e alguns outros países onde começaram manifestações dessa natureza, através das redes sociais. O povo tirou do poder e colocou quem quiseram. E se não for do agrado do povo, novas manifestações são convocadas e derrubam novamente os seus líderes.
Talvez seja por isso que o governo esteja atordoado com as manifestações brasileiras. Inflação, saúde, educação, desmandos com o dinheiro público, são causas mais do que justificáveis. 

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