Estou
acompanhando, de forma passiva, através das mídias de comunicação disponíveis, as
manifestações que estão ocorrendo nos quatro cantos do Brasil! Juntando-me a uma
enorme massa, que está agindo de forma igualitária. Enquanto acompanho o
desenrolar dos acontecimentos, presto atenção e medito o impacto social
macroeconômico disso tudo. Principalmente porque, na nossa região interiorana
as manifestações são mais do que pacíficas.
A
lista de reivindicações exigidas ou apontadas pelos manifestantes é grande. Vai
desde a diminuição de passagens de ônibus urbano, até a substituição de
parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado. Às vezes, por falta de uma
efetiva liderança, os manifestantes lutam por causas quase impossíveis.
O
governo parece atordoado com estas manifestações. Tanto nas esferas federal,
estadual e municipal. Algumas reivindicações foram atendidas, conforme as
facilidades e determinação dos representantes do povo. Foi assim com a
derrubada da PEC-37, e a redução de passagens de ônibus em várias cidades
brasileiras.
As
causas disso são muitas e certamente, não há como isentar qualquer
responsabilidade dos gestores que representam o poder do Estado. A inflação é
nítida nas gôndolas dos supermercados. Alimentos mais caros retiram o poder
aquisitivo do povo. Passagens de ônibus mais caras, mesmo que sejam centavos,
retiram uma parte do dinheiro do salário que só reajusta anualmente.
Consequentemente, também retiram o poder aquisitivo. O Brasil está atravessando
um sério problema de inflação.
Assisti
recentemente um embate interessante na televisão. O programa era de entrevistas
na Globo News. O assunto era justamente a inflação brasileira atual: alguns
economistas discutiam sobre a causa da presente e impertinente inflação em
nosso país. Um deles afirmou que a inflação é de demanda, ou seja: quando há um
aumento na procura de determinado produto ou serviço. Exemplo: cerveja no
carnaval, chocolate na páscoa. Outros economistas defendiam que a Inflação é de
custo: ou seja, quando o custo de
determinado produto ou serviço, sofre um aumento brusco, devido um fator
externo a seu meio. Exemplo: A gasolina aumenta o preço nos postos de
combustíveis, porque os camioneiros fizeram greve. Ou pode ocorrer em produtos
safristas, como frutas e verduras, que fora da época ficam mais caros.
É
época para remoermos os conceitos sobre economia de mercado. Voltarmos aos
livros e revermos todas as teses relacionadas ao assunto. Sem inflação, sobra
mais dinheiro no bolso das pessoas. O que dá a impressão de que a economia está
estacionada num sentido estável. O governo tem muita culpa no aumento da
inflação. Incha demais as estatais, com cargos e salários polpudos. Distribuindo
empregos a pessoas que não são técnicos e sim políticos. Os lucros, não
aparecem sem que haja aumentos das tarifas públicas, como energia elétrica,
água, combustíveis. Aumentando estas tarifas, o governo puxa o preço de muitos
outros produtos para cima. Sobem os fretes, sobem os produtos que são
dependentes dos fretes.
As
manifestações são pertinentes nesta época. Não são apenas reclamações sobre a
inflação e os altos preços. São um repúdio do povo quanto aos péssimos serviços
oferecidos ao povo pelo Estado. Saúde de péssima qualidade, com pessoas
morrendo aos montes nos hospitais brasileiros. Educação de baixo nível, com uma
constante queda de braços entre governo e professores. Até quando precisaremos
passar por estas humilhações?
Fico
revoltado, ao ver pessoas que antes se mostravam a favor destas reinvindicações
e que agora estão no poder, especialmente aqui em Curitibanos. Travando
verdadeiras batalhas de palavras nas redes sociais, tentando defender uma causa
perdida. Causa perdida mesmo, porque o tamanho destas manifestações são
imensuráveis.
É só
notarmos como está o Egito, a Líbia e alguns outros países onde começaram
manifestações dessa natureza, através das redes sociais. O povo tirou do poder
e colocou quem quiseram. E se não for do agrado do povo, novas manifestações
são convocadas e derrubam novamente os seus líderes.
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