terça-feira, 7 de maio de 2013

FAZER MAIS COM MENOS


O salário mínimo é um referencial para todos os trabalhadores que estão registrados. Teoricamente, esse salário mínimo deveria atender às necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Sabemos que isso é uma utopia. Não há possibilidades mágicas para uma sobrevivência pessoal ou familiar, principalmente se o valor do rendimento mensal, for o estipulado como salário mínimo.
O pior é que nem eu, nem trabalhador algum isoladamente, pode fazer algo para mudar a política salarial. A única coisa que pode ser feita, é participarmos, como cidadãos politizados. Ao elegermos nossos representantes, cobrarmos deles uma mobilização e postura, para que possamos ter um salário mínimo mais decente.
Não me adianta nada falar mal do governo, votar na oposição, reclamar do salário mínimo e nem entrar em desespero. Há ainda uma outra saída! Sabendo do valor insuficiente para a minha sobrevivência, posso tentar fazer mais com menos. Isso exigirá o controle de meus desejos e aptidões. Posso obter melhores resultados em minha vida, ao controlar os fatos que podem ser controlados. Como exemplo, posso marcar uma reunião qualquer. Posso chegar nela com antecedência, no horário, ou chegar atrasado. Depende da minha capacidade de estar no controle. Entretanto! Não posso controlar os eventos que venham ocorrer entre minha casa e o local da reunião. Estes eventos não estão sob meu controle. Mas mesmo assim, há a possibilidade de eu traçar novas estratégias e chegar a tempo nessa reunião.
Da mesma forma, podemos fazer isso com a política do salário mínimo. Se o salário mínimo aumentasse repentinamente para 1000 reais, estaríamos felizes? Talvez sim, talvez não. Isso dependeria do que encararíamos pessoalmente como valor nominal e valor real do rendimento. O valor real de uma moeda é o que chamamos de poder de compra. É a quantidade de produtos que podemos colocar no nosso carrinho de supermercado, durante um mês. Por exemplo, lembremos do quanto conseguíamos comprar há um ano atrás com um salário mínimo e o quanto conseguimos hoje, com o salário atual. Se a quantidade de bens for a mesma, não houve variação real do poder de compra do salário mínimo.
Sabemos que o salário mínimo no Brasil é reajustado anualmente. Será que com o mesmo valor estipulado pelo governo, podemos conseguir a façanha de colocarmos no carrinho do supermercado mensalmente, sempre a mesma quantidade de bens? Não conseguimos! O valor nominal é o mesmo até o próximo reajuste, mas o valor real não é o mesmo. Tem outros agentes envolvidos diariamente. Inflação, reajustes de preços abusivos, livre negociação.
Aprendemos com isso, que não podemos controlar o valor do salário mínimo diretamente, mas podemos controlar o que colocar no nosso carrinho de compras. Os preços dos bens adquiridos vêm da lei da oferta e procura. Isso é tão verdade, que posso dar um exemplo prático. Quanto custa uma garrafa de 500 mililitros de água num supermercado? E quanto custa esta mesma garrafa de água, num dia de calor, numa praia do litoral brasileiro? Suponhamos que se todos os frequentadores das praias, não comprassem a água dos ambulantes, o que aconteceria? Eles, os vendedores, teriam que baixar o preço da garrafa de água. Isso forçaria a venda por um preço quase igual ao do supermercado.
O mesmo acontece, se todos nós optarmos por não consumir produtos que estão com preços abusivos nas gôndolas dos supermercados. Se isso acontecer, os proprietários baixarão os preços, até que estes sejam aceitáveis à vista dos consumidores.
A questão primordial do controle do consumo, está justamente em podermos avaliar e descobrir o que é efetivamente necessário e suficiente, para atender os nossos desejos e as nossas necessidades.
Fazer mais com menos é uma máxima da economia. Cada centavo é importante e faz parte da quantidade de dinheiro chamado de salário mínimo. Portanto, estar atento a cada moeda é primordial, essencial e nos ajudará a sermos mais eficientes em nossos controles de orçamento e finanças pessoais.

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