terça-feira, 21 de maio de 2013

QUANTO CUSTA TER UM CARRO NOVO?


A maioria dos brasileiros conseguiu comprar um carro nos últimos anos. Isso se deu, graças à política de fomento ao microcrédito. E também, ao aumento real do salário mínimo. E ainda, a ampliação do poder aquisitivo. Muitos saíram das classes inferiores e ascenderam para patamares consumistas restrito a poucos, num passado não muito distante. Parece que vivemos noutro Brasil, quase irreconhecível. Dotado de um consumismo sem precedentes. E também de uma taxa elevada de endividamento pessoal. A começar pelos aposentados e funcionários públicos.
Para os governistas, as mudanças foram para melhor, sem falhas em nenhum ponto do processo. Para os oposicionistas, há um reconhecimento. Mas com ressalvas destes avanços. Afirmam que há ainda muito por fazer e questionam as declarações governistas. O debate é demagogo entre governistas e oposicionistas.
Em nome desta “melhoria de vida”, muito foi sacrificado no Brasil. Isso é fato, é histórico, somos testemunhas oculares. A educação, por exemplo, não avançou como o governo prega aos “quatro ventos”. Criaram-se novos campus universitários, mas a qualidade do ensino piorou muito. Tanto é verdade, que agora estão “impelindo” a entrada de doutores como professores nas universidades federais. Mestre já não é uma titulação aceitável para o cargo. Desde o ensino fundamental até a universidade, o caminho do estudante é desmotivador, desestimulante e ingrato.
O governo prega que quer as crianças alfabetizadas até os oito anos de idade. O que seria “alfabetizado” para o governo? Eu encontro jovens que estão terminando o ensino médio, que não sabem fazer as operações básicas da matemática. Escrevem quase todas as palavras erradas. Colocam “x” onde é “ch” e vice-versa. Uma catástrofe! Isso será tema para outro artigo.
O que quero explicar aqui são os custos para manter um carro. Este é o tema. Não quero perder o foco. As despesas vão além do pagamento do preço do carro. Precisam ser contabilizados na aquisição de um veículo, gasolina, seguro, custos de manutenção. Quanto mais caro for o veículo, maior será o custo de seguro e os demais custos para mantê-lo. Isso é muito importante na hora da compra de um novo carro. Os custos futuros de propriedade e manutenção.
Essas despesas sempre existirão enquanto o veículo lhe pertencer. Posso mostrar alguns destes custos, que incluem: Depreciação ou a despesa de desgaste do veículo ou obsolescência. Quando você retira o veículo da concessionária, automaticamente ele deprecia e perde o valor. E isso prossegue anualmente. Licenciamento, IPVA, seguro obrigatório, lacres nas placas ou transferências de documentos. O seguro do carro também é uma despesa. Outras despesas dessa natureza podem ser incluídas, como estacionamentos ou o pagamento pelo espaço onde o veículo será estacionado. Pode ser no prédio onde você mora ou no prédio do seu escritório. Ainda pode ser acrescentado como despesa, as manutenções e revisões, conforme a orientação do manual do proprietário.
Um carro de 20 mil reais, com seguro, tem uma despesa anual de 8 mil reais. Como? Que tipo de cálculo é esse? Vamos lá: Seguro do carro anual, calculado em 1 mil reais. IPVA (4%), 800 reais. Seguro obrigatório ou DPVAT, 101 reais. Combustível, levando em consideração que você gasta mensalmente 300 reais. Então no ano, gastará 3.600 reais. Manutenção, cerca de 500 reais anuais e a depreciação de 10% anual de 2 mil reais. Um absurdo! Mas é isso mesmo. Você pode abrir mão do seguro, mas se sofrer um acidente, isso lhe será mais caro do que os 1 mil reais anuais.
Ainda poderíamos colocar outros itens como: TAC que é a taxa de abertura de crédito, custo de oportunidade, troca de pneus, filtros e trocas de óleo. Isso o assustaria mais ainda. É melhor parar por aqui.
O sonho de todo jovem é ter um carro. Com o alongamento dos prazos de financiamento e a redução das taxas de juros, muitos conseguem. Mas a maioria não faz nenhum tipo de cálculo adicional fora o valor das prestações. Deveria fazer!

sábado, 18 de maio de 2013

IMÓVEIS SEM EDIFICAÇÕES


Em 08 de março de 2010 foi sancionada a Lei Complementar nº 67/2010, da Prefeitura Municipal de Curitibanos, que “dispõe sobre a limpeza de imóveis, fechamento de terrenos urbanos não edificados, a construção de passeios, remoção de entulhos e a conservação dos logradouros deste município”.
Eu e alguns moradores de Curitibanos, estávamos conversando sobre os terrenos baldios, que mais parecem terrenos sem dono, até que um dos presentes comentou sobre esta Lei. Então tomei conhecimento, de que os passeios públicos de Curitibanos devem ser padronizados, conforme a referida Lei. Querem saber o que eu fiz? Li a Lei na sua íntegra. Constatei que extrapolaram alguns prazos previstos, para os proprietários de terrenos urbanos, sem edificações poderem construir muros e passeios públicos nos mesmos.
Perto da minha casa, tem no mínimo três terrenos nessa situação. Não há muros e nem passeios públicos. São pertencentes a proprietários considerados abastados ou bem resolvidos financeiramente. Pessoas influentes na vida pública e na sociedade curitibanense.
Achei muito louvável a criação desta Lei. Geralmente, quem possui um imóvel urbano sem edificação, com o mato crescendo naturalmente, são pessoas que não precisam do mesmo como um meio de subsistência. Pertencem a pessoas que não vendem e não constroem nada sobre o imóvel, tendo-o apenas como um agregado no seu grupo de ativos.
Para a padronização de passeios públicos e construção de muros ao redor dos terrenos, os proprietários devem procurar a Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Curitibanos, para que lhes sejam fornecidos os padrões disponíveis para a obra ou obras.
No artigo 11 da Lei em evidencia diz que, “as irregularidades constadas serão objetos de notificação aos responsáveis, que deverão saná-las no prazo de 12 (doze) meses para construção de muros e passeios; no prazo de 30 (trinta) dias para limpeza de terrenos; no prazo de 24 (vinte e quatro) horas para a retirada de entulhos”.
Nunca soube de nenhuma fiscalização, por parte da Prefeitura Municipal de Curitibanos, de nenhuma notificação ou multa a proprietários destes imóveis que trazem um certo desconforto as pessoas. Estamos realmente incomodados com a situação. Vejamos alguns casos. Havia até o ano passado, no centro de Curitibanos, um terreno baldio que possuía um poço aberto, com o mato tomando conta do local e cobrindo a entrada do mesmo. Alguns vizinhos tentaram em vão com que o proprietário fechasse o dito buraco. Como nada aconteceu, precisaram tomar providencias no lugar do dono e arrumar caçambas de terra para tapar o poço abandonado.
Outro exemplo de desconforto, estes locais sempre possuem matos, lixos, entulhos e torna-se muito perigoso para as pessoas transitarem ao largo dos mesmos, principalmente à noite. Mulheres então? Nem me fale! Se acontecer algo, será que os proprietários serão indiciados? Duvido!
Queremos uma cidade limpa. Então devemos começar com estes terrenos. Eu fui informado, que na Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Curitibanos serão oferecidas alternativas para que a Lei Complementar nº 67/2010 seja cumprida. Até o momento não sei nada sobre cobrança de algum valor ou ônus aos proprietários pelos serviços da Prefeitura. Isto está evidente no Artigo 2º, parágrafo 2º que diz: “O Poder Executivo Municipal fornecerá aos interessados, sem qualquer ônus, os padrões para a construção”.
Também soube, que o prefeito municipal de Curitibanos anda procurando terrenos urbanos, para a construção de casas ou execução de projetos habitacionais, conforme suas promessas eleitorais. Que tal ele chamar os proprietários destes terrenos, para uma rodada de negociação? Seria ótimo vermos casas construídas ao invés de mato, lixo e entulhos. A cidade ficaria mais atraente aos olhos de todos.
Quero acreditar e preciso acreditar que as Leis serão cumpridas aqui em Curitibanos. Caso contrário, de que nos adia elegermos prefeito e vereadores, se na prática não são cumpridas as Leis? Também não terá lógica alguma, se algum arquiteto, engenheiro civil ou técnico em edificações, ganhar dinheiro em cima dos projetos, que devem ser oferecidos gratuitamente pela Prefeitura Municipal. 

terça-feira, 7 de maio de 2013

FAZER MAIS COM MENOS


O salário mínimo é um referencial para todos os trabalhadores que estão registrados. Teoricamente, esse salário mínimo deveria atender às necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Sabemos que isso é uma utopia. Não há possibilidades mágicas para uma sobrevivência pessoal ou familiar, principalmente se o valor do rendimento mensal, for o estipulado como salário mínimo.
O pior é que nem eu, nem trabalhador algum isoladamente, pode fazer algo para mudar a política salarial. A única coisa que pode ser feita, é participarmos, como cidadãos politizados. Ao elegermos nossos representantes, cobrarmos deles uma mobilização e postura, para que possamos ter um salário mínimo mais decente.
Não me adianta nada falar mal do governo, votar na oposição, reclamar do salário mínimo e nem entrar em desespero. Há ainda uma outra saída! Sabendo do valor insuficiente para a minha sobrevivência, posso tentar fazer mais com menos. Isso exigirá o controle de meus desejos e aptidões. Posso obter melhores resultados em minha vida, ao controlar os fatos que podem ser controlados. Como exemplo, posso marcar uma reunião qualquer. Posso chegar nela com antecedência, no horário, ou chegar atrasado. Depende da minha capacidade de estar no controle. Entretanto! Não posso controlar os eventos que venham ocorrer entre minha casa e o local da reunião. Estes eventos não estão sob meu controle. Mas mesmo assim, há a possibilidade de eu traçar novas estratégias e chegar a tempo nessa reunião.
Da mesma forma, podemos fazer isso com a política do salário mínimo. Se o salário mínimo aumentasse repentinamente para 1000 reais, estaríamos felizes? Talvez sim, talvez não. Isso dependeria do que encararíamos pessoalmente como valor nominal e valor real do rendimento. O valor real de uma moeda é o que chamamos de poder de compra. É a quantidade de produtos que podemos colocar no nosso carrinho de supermercado, durante um mês. Por exemplo, lembremos do quanto conseguíamos comprar há um ano atrás com um salário mínimo e o quanto conseguimos hoje, com o salário atual. Se a quantidade de bens for a mesma, não houve variação real do poder de compra do salário mínimo.
Sabemos que o salário mínimo no Brasil é reajustado anualmente. Será que com o mesmo valor estipulado pelo governo, podemos conseguir a façanha de colocarmos no carrinho do supermercado mensalmente, sempre a mesma quantidade de bens? Não conseguimos! O valor nominal é o mesmo até o próximo reajuste, mas o valor real não é o mesmo. Tem outros agentes envolvidos diariamente. Inflação, reajustes de preços abusivos, livre negociação.
Aprendemos com isso, que não podemos controlar o valor do salário mínimo diretamente, mas podemos controlar o que colocar no nosso carrinho de compras. Os preços dos bens adquiridos vêm da lei da oferta e procura. Isso é tão verdade, que posso dar um exemplo prático. Quanto custa uma garrafa de 500 mililitros de água num supermercado? E quanto custa esta mesma garrafa de água, num dia de calor, numa praia do litoral brasileiro? Suponhamos que se todos os frequentadores das praias, não comprassem a água dos ambulantes, o que aconteceria? Eles, os vendedores, teriam que baixar o preço da garrafa de água. Isso forçaria a venda por um preço quase igual ao do supermercado.
O mesmo acontece, se todos nós optarmos por não consumir produtos que estão com preços abusivos nas gôndolas dos supermercados. Se isso acontecer, os proprietários baixarão os preços, até que estes sejam aceitáveis à vista dos consumidores.
A questão primordial do controle do consumo, está justamente em podermos avaliar e descobrir o que é efetivamente necessário e suficiente, para atender os nossos desejos e as nossas necessidades.
Fazer mais com menos é uma máxima da economia. Cada centavo é importante e faz parte da quantidade de dinheiro chamado de salário mínimo. Portanto, estar atento a cada moeda é primordial, essencial e nos ajudará a sermos mais eficientes em nossos controles de orçamento e finanças pessoais.