segunda-feira, 29 de abril de 2013

OBRAS PARA A COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 2014!






Comum nestes últimos dias, são as inaugurações dos novos estádios de futebol. Justamente, por causa da copa do mundo de futebol, que será sediada pelo Brasil no ano de 2014. Recentemente, foi o Maracanã, que de estádio, ganhou o status de “Arena Maracanã”. De quase 200 mil lugares do antigo estádio, agora a capacidade foi reduzida para 76 mil, com confortáveis acomodações. Do antigo não tem nada. Tudo foi modificado! Tamanho do campo, grama, estrutura. As obras deste estádio custaram cerca de 1 bilhão de reais.
São 12 cidades brasileiras que sediarão os jogos da copa do mundo de 2014. Cada uma delas terá uma “Arena” semelhante ao Maracanã, com custos semelhantes. Algumas orçadas inicialmente em 700 milhões, extrapolando para mais de 1 bilhão de reais. Sem medo de errar, só em estádios, o Brasil gastará uns 12 bilhões de reais por causa desta copa do mundo de futebol. As primeiras previsões eram de 7 bilhões. Parece que no decorrer da execução das obras, alguém calculou errado os custos. Nenhum ficou dentro do orçamento. Mas como podem errar tanto assim? Dinheiro, que faz falta em outras áreas, como a saúde e a educação. Dinheiro que poderia ser aplicado em infraestrutura e melhoria dos portos brasileiros ou até mesmo dos aeroportos.
Vejam bem, caros leitores, essa copa do mundo, bem como as olimpíadas do Rio de Janeiro, não nos trarão benefícios diretos como povo que somos. Trarão benefícios a alguns segmentos, de forma isolada. Mas ao povo, na sua maioria, não haverá benefícios com estes investimentos bilionários. Nem time temos à altura, para enfrentarmos uma Espanha, Inglaterra ou Alemanha.
Este dinheiro não foi aplicado em prol do povo. Foi sim, desviado para estas obras faraônicas, em detrimento do próprio povo.  Foi justamente isso o que aconteceu. O ex-presidente Lula, colocou na sua cabeça, que o Brasil precisaria sediar uma copa do mundo e uma edição das olimpíadas. Era o seu desejo. Não era o desejo do povo. Era a sua vaidade que estava sendo testada. Ele sempre foi adepto do futebol. Isso era o que importava.  Ele não estava nem aí para aquelas pessoas que não gostam de futebol. Sua paixão estaria acima de qualquer anseio alheio às suas convicções.
Lembro perfeitamente bem disso, não faz muitos anos que aconteceram estes fatos. Espero agora, que tudo isso passe logo. Que chegue logo 2014 e 2016. Que estas obras superfaturadas acabem logo e que durem por décadas. Que não aconteça da mesma forma que muitas casas do programa “Minha Casa Minha Vida”, que estão ruindo com um ano após a sua construção. Recentemente, no “Estádio do Engenhão”, no Rio de Janeiro, foram encontradas falhas na sua estrutura, colocando em risco a vida dos torcedores. Se acontecer isso numa das novas Arenas, será constrangedor para a nossa engenharia civil.
O desmando ocorre em todas as esferas da administração pública. O dinheiro empregado nestas obras poderia ser utilizado na reforma de hospitais, construções de creches e praças de lazer. Aqui mesmo, na cidade de Curitibanos, não temos vagas nas creches municipais. A demanda é maior do que a oferta. Tenho um neto, que não consegue de forma alguma, uma vaga numa creche, nem com um requerimento que eu fiz ao secretário municipal da educação. Também não temos “playgrounds” nas praças, para levarmos as nossas crianças para brincar nos domingos à tarde.  Os anos passam e não percebemos o atendimento das reinvindicações básicas do povo.
Porque isso acontece? Porque o dinheiro é aplicado em outros segmentos, que não são em atendimento dos anseios da sociedade. São aplicados em salários de cargos comissionados. São aplicados em construções que atendem as ambições do gestor e não do povo, como no caso da copa do mundo e das olimpíadas.
Isso tudo poderá mudar, e deverá mudar. O povo adquirirá uma cultura de consciência e começará a protestar contra estas arbitrariedades, contra os desmandos daqueles que elegemos nas eleições.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A IMPORTÂNCIA DA INFORMÁTICA EM NOSSAS VIDAS





Percebo, que a cada dia, as pessoas da terceira idade, estão mais preocupadas em fazer um curso de informática. Há a necessidade de se aprender sobre os processadores de texto, os e-mails, as redes sociais e os outros aplicativos, tão comuns para a atual juventude. Mas tão estranhos, para uma geração que nem por sonho, imaginava que teriam algum envolvimento com essa tecnologia, ainda em vida. Isso me fez pensar muitas vezes: Haveria um abismo, entre a capacidade de aprendizado e percepção de um jovem e a mesma capacidade de aprendizado e percepção de uma pessoa com mais de 70 anos? Na verdade, não há abismo algum. Na prática, o que presencio, é que o aprendizado da informática se torna lerdo para as pessoas da terceira idade. Mas isso não tem nada a ver com a mensuração de capacidade de aprendizado e percepção. O que acontece, na maioria das vezes, é que algumas pessoas da terceira idade, inventam uma barreira invisível, bitolando-as, diminuindo a sua própria determinação em aprender. É questão de priorização! Eu conheço muitas pessoas de mais de 70 anos, que manuseiam o computador da mesma forma que a maioria dos jovens. Eles têm Facebook, conta de e-mail, blogs e estão constantemente, interagindo com outras pessoas on line.
Dia após dia, a informática vem inculcando cada vez mais relevância na vida das pessoas e também nas empresas. A sua utilização já é vista como instrumento de aprendizagem. Sua ação no meio social, vem aumentando de forma rápida entre as pessoas. Cresce constantemente no Brasil, o número de famílias, que possuem em suas residências um computador. Esta máquina está auxiliando pais e filhos, mostrando-lhes um novo jeito de aprender e ver o mundo. Os computadores, bem como os atuais smartphones, colocam o mundo ao alcance do usuário em segundos.
Quando se aprende a lidar com o computador, novos horizontes se abrem na vida das pessoas. Elas são orientadas, a estarem com a mente em constante atividade.
O fruto maior da informática em nossa sociedade, é o de manter as pessoas devidamente informadas, através de uma melhor interação, possibilitando assim, que elas decidam pelos seus rumos e os de nossa civilização.
Atualmente, existe informática em quase tudo que fazemos e em quase todos os produtos que consumimos. É muito difícil pensarmos em mudanças, em transformações, inovações, sem que, em alguma parte do processo, a informática não esteja envolvida.
Então podemos afirmar com convicção, que a informática faz parte das nossas vidas nos dias atuais. Não conseguimos mais viver alheios aos constantes avanços dos meios de comunicação. Ela está presente em todos os cantos ao nosso redor. Está no telefone celular, nos caixas de autoatendimento bancário e na interatividade na televisão.
Segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas, que retrata em detalhes o mercado brasileiro de tecnologia da informação, o número de computadores em uso no final de 2013 no Brasil (doméstico e corporativo) será de mais de 118 milhões de máquinas. A previsão é que em 2014, tenhamos cerca de 140 milhões de computadores. E em 2016, um computador por habitante no Brasil, cerca de 200 milhões. O percentual de computadores por habitante no Brasil (cerca de 60%), coloca o país acima da média mundial (42%). Nos Estados Unidos, o percentual é de 120% da população. Não há mais como viver, sem aprendermos como lidar com isso. Não importa nossa idade.
Com o estudo de informática, temos facilidade para entrar no mercado de trabalho. Hoje quem não tem informática, não consegue, com facilidade, um trabalho à sua altura. Por isso é bom que estudemos computação.
Mesmo que queiramos apenas nos atualizar, o investimento num curso de informática é um investimento na própria pessoa. Tudo o que entra na mente, dificilmente sairá, se for bem assimilado. Portanto, fazer um curso de informática traz muitos benefícios, ajuda a exercitar o cérebro, tornando a mente mais criativa.


terça-feira, 2 de abril de 2013

TODOS PELA VERDADEIRA EDUCAÇÃO


Há inúmeras reclamações de professores, que se dizem injustiçados pela baixa remuneração. São profissionais, que não medem esforços, para publicarem aos quatro ventos as suas insatisfações. Reclamam, que “não é justo” o salário que recebem, uma vez que são graduados e pós-graduados em pedagogia.
A partir daí, gostaria de entrar na discussão. Dizer aos profissionais da educação, que se autodenominam professores, que em meu tempo, as coisas eram um pouco diferente. Não havia sindicatos, federações e todo o tipo de sociedades organizadas, para dar a sustentabilidade aos profissionais. Entretanto! Naqueles meus idos anos 70 e 80, os alunos aprendiam a escrever corretamente. Sabiam o que era substantivo composto, abstrato e próprio. Sabiam fazer, sem o uso de calculadoras, as quatro operações básicas da matemática. Adição, subtração, multiplicação e divisão.
O ensino “parecia” ruim, não tínhamos internet para copiarmos os textos com um simples comando de “copiar e colar”. Tínhamos que ir na biblioteca pública, em busca de um livro. Chegando lá, invariavelmente, outro aluno tinha aparecido na nossa frente e estava fazendo o trabalho. Tínhamos que esperar ele terminar o seu, para então podermos começar a fazer o nosso dever de casa.
Naquela época, fazíamos todos os deveres de casa. Tínhamos por obrigação e costume essa prática. Se não fizéssemos os deveres, as professoras comunicavam nossas mães e o “pau comia solto em nossos lombos”. Ou a “vara de marmelo” para alguns. Mas, o fato é que, fazíamos os deveres. E ao fazermos, aprendíamos de verdade. As professoras daquele tempo exerciam a profissão com dedicação e zelo. Era um dom natural que elas tinham.
Tive uma professora, que exigia da classe silencio total enquanto ela falava. Ela era professora de matemática, no Colégio Santa Teresinha, em 1976. Tínhamos que cruzar os braços e ouvir sua explicação. Tinha hora certa para ouvirmos e para falarmos.
Tenho certeza de que as professoras no Brasil, em todos os tempos, sempre ganharam pouco. Tanto as do meu tempo de criança, como as de hoje em dia, com todo o pretenso e complexo assistencialismo sindical. O que importa para mim e também para as crianças, é a qualidade do ensino.
Não adianta nada uma professora com pós-graduação, ganhar um monte de dinheiro e ser uma péssima profissional. Não ter amor, dedicação e o dom para exercer a profissão. Naquele tempo, elas tinham um dom natural. Hoje, muitas pessoas querem ser pedagogas, pensando no dinheiro que vão ganhar. Quando percebem, que não há bons salários no magistério, começam a reclamar do governo. Geralmente descontam a fúria nos inocentes alunos, com aulas mal preparadas e mal dadas.
Estou tão certo do que escrevo, que posso provar isso. No meu tempo, quando chegávamos no segundo ano, todos sabíamos ler e escrever. Bem ou mal, mas todos sabíamos. Agora, se eu pedir para uma criança da quinta ou sexta série ler e escrever, será uma tragédia. Primeiro, a leitura será desanimadora de ouvir. E a ortografia terá um alto percentual de palavras escritas de forma errada. De quem é a culpa? Do Governo que não aumentou o salário dos professores? Dos pais? Dos próprios alunos, que se distraem com a internet e outras modernidades? Certamente de todos estes agentes. Mas se um deles, fizer a sua parte, poderemos reverter a situação. Isso inclui o professor das séries iniciais do ensino fundamental.
Eu sei, que muitas famílias estão erradas, em mandar seus filhos para a escola e esperarem, que os professores sejam os únicos responsáveis por toda a educação de seus filhos. Sei também, que muitos alunos estão errados em “enrolarem” nos estudos, nas tarefas e nas provas. Infelizmente, não há boas perspectivas se isso continuar assim. Ao invés de cada um puxar a brasa para seu assado, que tal a união de todos, em prol do conhecimento? Se não for pelo conhecimento, não valerá a pena fazer parte daquelas pessoas envolvidas com a educação. Haverá apenas um grande engano.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

RENDIMENTO DOS ALUNOS DE MATEMÁTICA PIORA ENTRE O 5º E O 9º ANO

Fábio Takahashi de São Paulo

O percentual de estudantes com rendimento adequado em matemática na rede pública do país cai ao longo dos anos do ensino fundamental, mostra estudo que comparou a evolução de alunos entre 2007 e 2011.
A constatação é de levantamento inédito da ONG Todos pela Educação, que detalha a evolução do rendimento dos alunos de escolas públicas do país na Prova Brasil, exame do governo federal.
O percentual de estudantes com rendimento adequado na disciplina de uma turma caiu de 22% no quinto ano, em 2007, para 12%, quando ela chegou ao último, em 2011.
Ou seja, 88% deles não sabiam calcular porcentagens ou a área de uma figura plana ou mesmo ler informações em um gráfico de colunas. E levam essa defasagem para os ensinos médio e superior.
Em língua portuguesa, o recuo entre as séries não foi tão intenso (26% para 23%).
Uma das explicações mais citadas por especialistas é a falta de professores na área. É na etapa final do fundamental que os alunos passam a ter aulas com docentes especialistas nas matérias.
"Um jovem com habilidade em matemática pode ter salários mais altos se for para engenharia, para bancos. Poucos querem lecionar", disse o professor Rogério Osvaldo Chaparin, do Centro de Aperfeiçoamento do Ensino da Matemática, da USP.
No último levantamento federal, matemática apareceu como a área de maior déficit de professores (65 mil).
Igor Willian, 17, ficou quase 2010 inteiro sem docente da disciplina, na zona leste da capital. "Até hoje tenho dificuldade com matemática, física e química, porque fiquei aquele ano no pátio."
Ele recorreu ao Henfil, cursinho popular, para diminuir a defasagem. "Gostaria de fazer engenharia civil, mas tenho medo dos cálculos."
Para a gerente da área técnica do Todos pela Educação, Alejandra Meraz Velasco, há dificuldades adicionais nos anos finais do fundamental.
Uma delas é que os alunos são divididos entre municípios e Estados. "O final do fundamental fica num limbo, quase sem políticas para melhoria. E em matemática o problema fica mais evidente, porque há uma sequência difícil de recuperar depois", diz.