Algumas
pessoas são extremamente negativas, outras são levemente negativas. Outras, por
sua vez, são otimistas e positivas com maior ou menor intensidade. E existem
também as realistas. Não são nem negativas e nem positivas. Digo isto, porque geralmente,
as pessoas, com qualquer característica, reclamam dos políticos. Reclamam do
Lula. Reclamam do Serra, da Dilma, do Arruda, do Sarney, do Collor, do Renan,
do Colombo, e por aí vai a lista. Da mesma forma, que reclamam de todos estes
políticos, me vem uma pergunta à mente. E se estas pessoas que reclamam
estivessem no poder? Tempos atrás, eu li na internet uma lista enorme de
contravenções dos brasileiros. A lista, devidamente recuperada, é transcrita a
seguir:
Os
brasileiros reclamam muito, mas agem, em geral, da seguinte maneira: Saqueiam
cargas de veículos acidentados nas estradas. Estacionam nas calçadas,
muitas vezes debaixo de placas proibitivas. Subornam ou tentam
subornar quando são pegos cometendo infração. Trocam voto por qualquer
coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura. Falam no celular enquanto
dirigem. Trafegam pela direita, nos acostamentos num congestionamento. Param em
filas duplas, triplas em frente às escolas. Violam a lei do silêncio. Dirigem após
consumir bebida alcoólica. Furam filas nos bancos, utilizando-se das mais
esfarrapadas desculpas. Espalham mesas, churrasqueira nas calçadas. Pegam atestados
médicos sem estarem doentes, só para faltarem ao trabalho. Fazem "gato"
de luz, de água e de TV a cabo. Registram imóveis no cartório num valor
abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagarem menos impostos. Compram recibo
para abater na declaração do imposto de renda, para pagarem menos imposto. Mudam a
cor da pele para ingressar na universidade, através do sistema de cotas. Quando
viajam a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pedem nota fiscal de
20. Comercializam objetos doados nessas campanhas de catástrofes. Estacionam em
vagas exclusivas para deficientes. Adulteram o velocímetro do carro para
vendê-lo como se fosse pouco rodado. Compram produtos pirata com a plena
consciência de que são pirata. Substituem o catalisador do carro por um
que só tem a casca. Diminuem a idade do filho para que este passe por
baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem. Emplacam o carro fora do
seu domicílio para pagar menos IPVA. Frequentam os caça-níqueis e fazem
uma fezinha no jogo de bicho. Levam das empresas onde trabalham, pequenos
objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis... Como se isso não fosse roubo.
Comercializam o vale-transporte e vale-refeição, que recebem das empresas
onde trabalham. Falsificam tudo, tudo mesmo... Só não falsificam aquilo
que ainda não foi inventado. Quando voltam do exterior, nunca dizem a
verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que trazem na bagagem. Quando
encontram algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolvem.
Agindo
desta forma, querem que os políticos sejam honestos... Escandalizam-se com a
farra das passagens aéreas... Esses políticos que aí estão, saíram do meio dessas
mesmas pessoas. Ou será que estou enganado?
Brasileiro
reclama de que, afinal? E é a mais pura verdade. Isso que é pior! Então, a
sugestão é adotarmos uma mudança de comportamento. Começando por nós mesmos. Onde
for necessário! Vamos dar o bom exemplo! Que tal espalharmos essa ideia?
Falamos
tanto, na necessidade de deixarmos um planeta melhor para os nossos filhos. E nos
esquecemos da urgência de deixarmos filhos melhores educados, honestos, dignos,
éticos, responsáveis para o nosso planeta, através dos nossos exemplos...
É
como se nós fossemos um espelho. Nossos filhos são uma espécie de reflexo deste
nosso espelho. Eles absorveram e absorvem parte de nossa personalidade.
A
índole, é a reunião de características e particularidades dos filhos, que estão
presentes a partir do seu nascimento. É uma propensão natural, sendo ela
adquirida, através dos ensinamentos diretos ou indiretos dos pais, e também das
pessoas que os cercam.
Portanto,
de nada adianta reclamarmos de nossos políticos, das leis, que nos parecem
injustas. O que adianta mesmo, é mudarmos a nossa cultura. Precisamos ter a
consciência racional disso.
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