segunda-feira, 11 de março de 2013

HERÓIS OU VILÕES?

A morte do Presidente da Venezuela Hugo Chávez me fez pensar, sobre como uma pessoa pode influenciar uma multidão. Para alguns, o que escrevo hoje, pode até parecer uma besteira. Mas, tenho certeza, outros concordarão com minhas palavras.
Desde que o homem está na terra, de tempos em tempos, em vários lugares, apareceram pessoas que se tornaram líderes, que se sobressaíram e se destacaram sobre seu povo. Algumas, saíram das classes mais pobres da sociedade. Preencheram uma espécie de lacuna ou alguma deficiência pessoal, por causa da própria condição de privação. Se projetaram! Alguns, foram tratados como semideuses. Outros, literalmente, chegaram a serem adorados e idolatrados.
Pessoas que para uns, foi uma espécie de divindade, para outros foi um demônio. Alguns destes homens notáveis, terminaram a sua passagem por esta vida de forma marcante. Ou se suicidaram covardemente, ou sofreram algum acidente ou doença terminal. Citarei dois destes “líderes” e seus feitos. São mais do que suficientes para meditarmos.
O primeiro foi Constantino, imperador romano.  Ele mandou matar um de seus filhos. Além do sobrinho, seu cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Derrotou um número enorme de desafetos. Foi amado pelo povo do império romano. Reconstruiu uma cidade, que mais tarde, seu povo a chamou de Constantinopla, em sua homenagem. O povo o reverenciou. Entre tantos feitos, Constantino organizou o cristianismo no meio do paganismo romano. Ele observava e reverenciava os mártires que se diziam “cristãos”. Ao invés de continuar a perseguir, protegeu-os.
Após a morte de Jesus em Jerusalém, alguns seguidores de Cristo, organizaram uma seita, chamada de “Seita dos Nazarenos”. Quem fazia parte desta seita, era chamado de “Cristão”. Em homenagem a Jesus Cristo, que teoricamente, foi o fundador da mesma. Essa seita e seus ensinamentos rudimentares, perduraram por quase trezentos anos, sendo que nem os próprios cristãos conseguiam se entender direito. Isso, devido a vastidão do território romano. Alguns ensinamentos originais desta seita, foram alterados ou modificados, como o batismo, por exemplo. De qualquer forma, a seita permaneceu espalhada no meio do império romano, até os dias de Constantino. Este, viu a oportunidade certa, para unir o povo em torno de uma nova religião. Em Roma, havia muitas religiões e o povo adorava o que queria. Havia disputas por causa dos diversos deuses. Constantino disse: “tragam para cá tudo que se refere à Cristo”. Então apareceram as cartas que compõem o Novo Testamento, os escritos de Tiago, a túnica de Lucas, o madeiro onde Cristo foi crucificado e outras quinquilharias. Algumas destas, se tornaram relíquias para a cobrança de indulgencias, ou o pagamento para a entrada no céu. Ou seja, Constantino legalizou e fundou a Igreja Universal Romana de Cristo. Conhecida como Igreja Católica Apostólica Romana. Ele morreu e manteve seu título de alto sacerdote, de uma religião organizada por ele, incorporando alguns ensinamentos da “Religião do Carpinteiro”, outro nome dado à Seita dos Nazarenos. Só foi batizado no catolicismo, em seu leito de morte.
Para alguns, qualquer nome que eu cite, pode ser considerado um herói ou um vilão. Em vida, estes homens foram assim mesmo reconhecidos. Foram heróis, ou foram vilões.
O outro líder, foi Adolf Hitler. Ele foi o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha. Este partido, era também conhecido por NAZI, de onde surgiu o “nazismo”. Ele, depois de ascender na hierarquia militar, conseguiu persuadir o povo alemão, de que eram uma espécie de raça superior às demais raças do mundo. Foi venerado, adorado e humilhado. No final, na hora da sua morte, ele se suicidou, mas não o fez antes que outros seguidores tivessem feito o mesmo. Por causa de suas ideias, milhões morreram.
Resolvi escrever sobre isso, depois de presenciar histerias coletivas na televisão, por causa da morte de Hugo Chávez, na Venezuela. E outra histeria, em favor do ditador norte coreano Kim Jon-um. Pena que os manifestantes, sejam totalmente ignorantes para a realidade do seu país.

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