A
morte do Presidente da Venezuela Hugo Chávez me fez pensar, sobre como uma
pessoa pode influenciar uma multidão. Para alguns, o que escrevo hoje, pode até
parecer uma besteira. Mas, tenho certeza, outros concordarão com minhas
palavras.
Desde
que o homem está na terra, de tempos em tempos, em vários lugares, apareceram
pessoas que se tornaram líderes, que se sobressaíram e se destacaram sobre seu
povo. Algumas, saíram das classes mais pobres da sociedade. Preencheram uma
espécie de lacuna ou alguma deficiência pessoal, por causa da própria condição
de privação. Se projetaram! Alguns, foram tratados como semideuses. Outros, literalmente,
chegaram a serem adorados e idolatrados.
Pessoas
que para uns, foi uma espécie de divindade, para outros foi um demônio. Alguns
destes homens notáveis, terminaram a sua passagem por esta vida de forma marcante.
Ou se suicidaram covardemente, ou sofreram algum acidente ou doença terminal.
Citarei dois destes “líderes” e seus feitos. São mais do que suficientes para meditarmos.
O primeiro foi Constantino,
imperador romano. Ele mandou matar um de seus filhos. Além do sobrinho,
seu cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Derrotou um número enorme de
desafetos. Foi amado pelo povo do império romano. Reconstruiu uma cidade, que
mais tarde, seu povo a chamou de Constantinopla, em sua homenagem. O povo o
reverenciou. Entre tantos feitos, Constantino organizou o cristianismo no meio
do paganismo romano. Ele observava e reverenciava os mártires que se diziam “cristãos”.
Ao invés de continuar a perseguir, protegeu-os.
Após a morte de Jesus em
Jerusalém, alguns seguidores de Cristo, organizaram uma seita, chamada de “Seita
dos Nazarenos”. Quem fazia parte desta seita, era chamado de “Cristão”. Em
homenagem a Jesus Cristo, que teoricamente, foi o fundador da mesma. Essa seita
e seus ensinamentos rudimentares, perduraram por quase trezentos anos, sendo
que nem os próprios cristãos conseguiam se entender direito. Isso, devido a
vastidão do território romano. Alguns ensinamentos originais desta seita, foram
alterados ou modificados, como o batismo, por exemplo. De qualquer forma, a
seita permaneceu espalhada no meio do império romano, até os dias de
Constantino. Este, viu a oportunidade certa, para unir o povo em torno de uma
nova religião. Em Roma, havia muitas religiões e o povo adorava o que queria. Havia
disputas por causa dos diversos deuses. Constantino disse: “tragam para cá tudo
que se refere à Cristo”. Então apareceram as cartas que compõem o Novo
Testamento, os escritos de Tiago, a túnica de Lucas, o madeiro onde Cristo foi
crucificado e outras quinquilharias. Algumas destas, se tornaram relíquias para
a cobrança de indulgencias, ou o pagamento para a entrada no céu. Ou seja,
Constantino legalizou e fundou a Igreja Universal Romana de Cristo. Conhecida
como Igreja Católica Apostólica Romana. Ele morreu e manteve seu título de alto
sacerdote, de uma religião organizada por ele, incorporando alguns ensinamentos
da “Religião do Carpinteiro”, outro nome dado à Seita dos Nazarenos. Só foi
batizado no catolicismo, em seu leito de morte.
Para alguns, qualquer nome que
eu cite, pode ser considerado um herói ou um vilão. Em vida, estes homens foram
assim mesmo reconhecidos. Foram heróis, ou foram vilões.
O outro líder, foi Adolf
Hitler. Ele foi o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da
Alemanha. Este partido, era também conhecido por NAZI, de onde surgiu o
“nazismo”. Ele, depois de ascender na hierarquia militar, conseguiu persuadir o
povo alemão, de que eram uma espécie de raça superior às demais raças do mundo.
Foi venerado, adorado e humilhado. No final, na hora da sua morte, ele se
suicidou, mas não o fez antes que outros seguidores tivessem feito o mesmo. Por
causa de suas ideias, milhões morreram.
Resolvi escrever sobre isso,
depois de presenciar histerias coletivas na televisão, por causa da morte de
Hugo Chávez, na Venezuela. E outra histeria, em favor do ditador norte coreano
Kim Jon-um. Pena que os manifestantes, sejam totalmente ignorantes para a
realidade do seu país.
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