O
planejamento financeiro nada mais é do que o trabalho realizado no presente,
com vistas a alcançar um futuro mais tranquilo. Abrange ter conhecimento de
finanças, aprender a controlar as receitas e as despesas. Este conhecimento só
pode ser adquirido através de estudo e leitura de temas voltados a administração,
contabilidade e economia.
O
significado do planejamento é a consumação de um projeto, que envolve
discernimento nas escolhas, adotar novos rumos e caminhos com reserva
financeira. Aliás, o planejamento objetiva a soma destas reservas ao longo dos
anos, para uma espécie de deleite na velhice.
Além de nos
colocar mais próximos de nossos sonhos, o planejamento também nos indica
caminhos mais curtos. Altera nossa rota natural e faz com que estejamos no
controle. Esse controle só escapará de nós, se vacilarmos no contato com o
objeto principal do planejamento, que é o dinheiro.
O dinheiro
afeta o lado emocional das pessoas. Problemas conjugais e uma menor
produtividade são sempre observados, quando há falta de dinheiro. Por essa
razão, é imprescindível entender e compreender, de forma mais abrangente a
importância da educação financeira.
Dizem que o
dinheiro faz mal às pessoas, eu digo que mal faz a falta de dinheiro e não
propriamente o dinheiro em si. Portanto, planejar a vida financeira é
indispensável e fundamental.
A falta de
uma cultura voltada para o controle financeiro faz com que uma grande maioria
de brasileiros viva “correndo atrás do
prejuízo”. Essa ausência de educação financeira joga o cidadão ao
endividamento. As armadilhas estão cada vez mais presentes, como carnês e
mensalidades “a perder de vista”.
Prestações que cabem no bolso. Juros abusivos e cláusulas absurdas amarram as
pessoas, fixam em suas mentes que nunca conseguirão ter nada se não comprarem
parcelado. Mesmo que tenham que pagar geralmente o dobro pelo bem.
A matéria “educação financeira” deveria ser
obrigatória nos bancos escolares. É tão importante para uma pessoa saber sobre
a importância do dinheiro em sua vida, como é aprender história, geografia e
ciências. É possível o convencimento pessoal das pessoas a adquirir uma nova
cultura focada no planejamento e controle financeiro. Consequentemente, é
possível acumular riquezas e realizar sonhos genuínos. Não importa se os
rendimentos não são altos agora. Com o tempo, eles crescerão. E como crescerão?
Porque com planejamento financeiro, se aprenderá a ter respeito pelo dinheiro.
Ouvi
recentemente, que um antigo fazendeiro, que morava aqui em Curitibanos foi
procurado certa vez por um rapaz, com o objetivo de um empréstimo pessoal “a juros” como se dizia naquele tempo. O
fazendeiro era proprietário de uma vasta extensão de terras e detentor de
centenas de cabeças de gado. Ele convidou o rapaz para se esquentarem, ao redor
do que sobrara de uma fogueira. Era inverno e as pessoas tinham o costume de
fazerem fogueiras para se esquentar, tomar chimarrão e conversar. Enquanto o
rapaz tentava persuadir o fazendeiro a lhe emprestar o dinheiro, o jovem tirou
um cigarro do bolso. Perguntou para o fazendeiro, se ele tinha fósforo ou um
isqueiro. O fazendeiro foi enfático e respondeu secamente: “Não lhe emprestarei o dinheiro que me pediu! Estamos ao redor destas
brasas. Você pode acender vários cigarros com este fogo abundante, mas ao invés
disso, me pede para que eu gaste um palito de fósforo para acender teu cigarro?
Se você não cuida do meu fósforo agora, não cuidará do meu dinheiro
futuramente”. Quem contou-me isso afirma que se trata de um acontecido
verdadeiro.
Muitas pessoas
que são proprietárias de bens valiosos hoje, aprenderam a dar o devido valor ao
dinheiro no passado. Entretanto, não se aprende da noite para o dia sobre o
planejamento financeiro. Existem várias etapas que devem ser superadas. Espero
ao longo destes artigos ajudar aos leitores sobre este assunto tão ausente e
necessário em nossa época.
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