Por Jeanine Rodermel
Era uma vez, em um lugar muito especial chamado Curitibanos, uma terra cheia de histórias fascinantes e pessoas corajosas.
Vamos viajar no tempo e conhecer essa história incrível?
Tudo começou há muito, muito tempo, quando nossos bisavós nem tinham nascido ainda.
Conta a história que no século XVII, um grupo de exploradores, que viviam na cidade de Assunción no Paraguai, decidiu buscar novas terras.
Eles viajaram por rios e florestas e, em 1646, chegaram ao que hoje conhecemos como Curitibanos e Campos Novos.
Esses foram os primeiros homens que não eram indígenas a viver na região.
Nos tempos mais antigos, a região de Curitibanos era habitada apenas pela população nativa. Os indígenas kaingangs, xoklengs e guaranis viviam por aqui, em uma terra cheia de campos e florestas com muitas árvores: pinheiros, imbuias e butieiros, muitos animais como porco do mato, bugios, pássaros, tatu, capivaras...
A natureza era exuberante e cheia de vida...
Quando os portugueses e espanhóis chegaram, trouxeram com eles uma nova forma de viver, que logo se misturou com a dos indígenas.
Dos relacionamentos entre brancos e indígenas, surgiram os mamelucos e os caboclos.
Aos poucos a população local foi se formando, misturando-se portugueses, espanhóis, africanos e indígenas, surgindo o povo brasileiro.
Antonio Correia Pinto de Macedo foi uma pessoa muito importante nessa história. Ele era um dos chefes dos tropeiros.
Os tropeiros eram homens que viajavam longas distâncias com seus animais para vender e trocar mercadorias. Em 22 de maio de 1771, ele fundou a Villa de Nossa Senhora dos Prazeres das Lajens, que mais tarde se tornaria a cidade de Lages, e mais tarde parte dessa cidade se desmembraria, tornando-se Curitibanos.
Os tropeiros eram como heróis viajantes, sempre acompanhados de seus animais, trazendo gado e mulas do Rio Grande do Sul para as feiras de Sorocaba, em São Paulo.
No caminho, eles precisavam descansar, e os lugares onde paravam se transformavam em currais, fazendas e povoados. Curitibanos surgiu como um desses lugares, perfeito para o descanso dos tropeiros, com pastagens de boa qualidade e muitas nascentes de água.
Com o tempo, os lugares ao longo do caminho se transformaram em pousos de tropeiros e tropas, atraindo famílias que construíram ranchos e fazendas, surgindo comunidades ao redor desses pontos de descanso.
A abertura dessas rotas foi essencial para a prosperidade das regiões por onde passavam, incluindo Curitibanos.
A população que surgiu nessa região desenvolveu um modo próprio de vida, tirando sustento da natureza e influenciando os hábitos alimentares, a vestimenta, o lazer, a linguagem, a medicina e o folclore local.
Curitibanos cresceu e se tornou um ponto de encontro para muitos fazendeiros, comerciantes e tropeiros que buscavam uma vida melhor.
Eles construíram casas, abriram caminhos e iniciaram um povoado próspero.
Em 1869, Curitibanos se tornou uma vila independente, separando-se da cidade de Lages.
A vila logo se transformou em um centro comercial importante, onde se vendiam alimentos feitos com leite, artefatos de couro, charque, lã, banha de porco e muitos outros produtos.
Com o tempo, a vila se desenvolveu ainda mais, ganhando igreja, praça, comércio e escola, com uma população cada vez maior.
Antes de se tornar município Curitibanos recebeu o título de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Curitibanos em 22 de março de 1864, por isso a padroeira de nossa cidade é a Nossa Senhora Imaculada Conceição.
Em 11 de junho de 1869, tornou-se um município independente de Lages, onde o fazendeiro e coronel Teodoro Ferreira de Souza foi o primeiro prefeito.
A história de Curitibanos é cheia de coragem, trabalho, resiliência e muita luta.
De um pequeno grupo de exploradores e tropeiros, a cidade cresceu e se tornou um lugar, onde as pessoas trabalham para construir um futuro melhor.
E assim, a história continua, com cada um de nós escrevendo um novo capítulo todos os dias.
E essa foi a história de Curitibanos, um lugar cheio de histórias e aventuras para contar.
Referências Bibliográficas:
LEMOS, Zélia de Andrade. Curitibanos na História do Contestado. edição do governo do estado de santa catarina, 1977. Curitibanos.
LEMOS, Zélia de Andrade. Curitibanos na História do Contestado. 2ª ed., Impressora Frei Rogério, 1983. Curitibanos.
LINS, Paulo César Zanoncini. A Formação Urbana de Curitibanos: 1851 a 1969: volume 1 / Paulo Cesar Zanoncini Lins. -- 1. ed. -- Curitiba: Factum Editora, 2021.
PHILIPPI, Euclides José. Bom Jesus e o Tropeirismo no Cone Sul / org. Elusa Maria Silveira Rodrigues, Jussara Lisbôa Madeira, Lucila Maria Sgarbi Santos, Vera Lucia Maciel Barroso — Porto Alegre: est, 2000. 430 p.
PHILIPPI, Euclides José. O Caminho das Tropas em Santa Catarina: o pouso dos Curitibanos. Curitibanos: ed. do autor, 1996.
POPINHAKI, Antonio Carlos. Fatos Históricos de Curitibanos / Antonio Carlos Popinhaki. — Curitibanos/SC. 2023.
POPINHAKI, Antonio Carlos. História de Curitibanos. Disponível em https://antoniocarlospopinhaki.blogspot.com/2024/03/a-historia-de-Curitibanos.html?m=1. Acesso em: 25/05/2024.
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