Empreendedorismo
está ligado com inovação, mudança, modificação. Pode ser interna ou externa. O
empreendedorismo interno é também chamado de intraempreendedorismo.
Consiste no ato de um funcionário achar uma maneira de algo ser mais eficiente.
Pode ser uma mudança, uma adaptação ou uma alteração radical num processo. Mas não
é sobre esse empreendedorismo que eu quero escrever.
Empreendedorismo é tema de
inúmeros debates, cursos, seminários e treinamentos. O Brasil desponta como um
país empreendedor. Dotado de diversas ideias. O brasileiro manifesta-se como um
povo empreendedor, ocupando o terceiro lugar no ranking mundial, com mais de
trinta milhões de empreendedores.
Novos negócios surgem a cada
dia. O setor que mais cresce é o de serviços. Os empreendedores geralmente são
jovens, que tem entre 25 e 40 anos. Eles abrem um negócio próprio, não porque
ficaram desempregados ou por necessidade, mas porque “enxergam” boas
oportunidades de crescer financeiramente.
Resolvi escrever sobre o
assunto, porque encontrei recentemente um livro muito interessante: Chama-se “O Livro Negro do Empreendedor – Depois não
diga que não foi avisado”, do escritor Fernando Trias de Bes. Este livro
mostra o lado racional do empreendedorismo. O conteúdo é um alerta a todos os
pretensos empreendedores, que querem abrir seus próprios negócios. Com certeza,
vale a pena adquirir um exemplar.
Segundo o autor: “A ideia é o
veículo da atividade empreendedora, mas jamais uma motivação sólida e
duradoura”. Mas a ideia, não é o único ponto, em que muitos empreendedores, que
fracassam em pouco tempo, se apoiaram para justificar sua aventura empresarial.
Há uma lista enorme de motivos ou desculpas comuns. Vejamos algumas: 1) Estar
desempregado ou ter de seguir adiante; 2) Odiar o chefe; 3) Odiar a empresa em
que trabalha; 4) Não querer depender de nenhum chefe (é insuportável receber
ordens); 5) Organizar o tempo entre a vida pessoal e a profissional; 6) Ter
liberdade de horário; 7) Ter poder para decidir quais serão seus dias livres;
8) Ganhar mais dinheiro do que trabalhando para os outros; 9) Querer recuperar
o patrimônio perdido pela família; 10) Provar algo aos demais; 11) Provar algo
para si mesmo; 12) Provar algo aos pais; 13) Ficar rico, ter sucesso; 14)
Contribuir para o desenvolvimento da região; 15) Dedicar-se a um assunto de que
gosta e ao qual não é possível se dedicar, a não ser empreendendo. A lista é
mais extensa e não é possível relacionar todas as razões aqui.
Seguindo o raciocínio do autor
do livro citado anteriormente, “não basta
apenas ter uma ideia empreendedora”. Pesquisei na internet e encontrei algo
sobre a mortalidade das pequenas empresas brasileiras. Os chamados pequenos
negócios. Cerca de 72% delas, não sobrevivem por causa de inexperiência do
empreendedor. Algo relacionado com: incompetência, falta de experiência de
campo, falta de experiência profissional, experiência desiquilibrada. A ideia
pode ser boa, mas se você não tem as qualidades para exercer ou comandar o
empreendimento, de nada lhe adiantará isso.
O livro também nos mostra
algumas informações importantes, quanto a ter sócios. Na verdade, um número
considerável de empreendedores têm sócios sem necessidade. Lição 1: não tenha
sócios. Lição 2: não tenha sócios. Lição 3: não tenha sócios. Se precisa mais
capital, busque um banco. Se precisa de habilidades complementares às suas,
contrate profissionais, empregue. Se precisa de conselhos, contrate um
consultor. Se tem medo, faça algum esporte. É inerente à insegurança do ser
humano, buscar "companheiros de jornada". E se a insegurança te
molesta, não empreenda, muito menos ponha mais gente no barco sem necessidade.
Ainda mais em fases iniciais de um negócio. Muitas decisões não podem ser
democráticas, e quando se tem sócios que também trabalham, o consenso fica
difícil e as decisões não saem.
Um dos pontos fortes das empresas
pequenas é seu processo rápido de decisão. Sócios só atrasam isso. Deve haver
um que mande mais que os demais. São ótimas lições que devem ser estudadas. Há
de findar o vício de se abrir empresas por puro impulso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário