De
todos os meus textos apresentados neste periódico, este é o mais
subjetivo de todos até agora. Mas é também,
um
dos meus
escritos mais
reflexivos. Ao registrá-lo, pensei em mim mesmo e imaginei, se a
maioria das pessoas contempla o final e o início de cada ano da
mesma forma.
Toda
vez que um ano finda, surgem novos pensamentos em nossas cabeças.
Queiramos ou não, instintivamente, nos auto avaliamos. Volvemos
nossas mentes para o ano que termina. Lembramos as nossas conquistas
e as nossas perdas. Esses são pensamentos comuns nesta época do
ano. Comigo é sempre assim. Tem sido assim há muito tempo.
Pergunto-vos, caros leitores, será que isso acontece com vocês
tambem,
nesta época?
Alguns
pensamentos
afloram. “Aumentaram
ou diminuíram meus ativos?
Sobrou ou faltou dinheiro na minha conta bancária? Meu
saldo anual
foi
positivo ou fiquei no vermelho? Tive outras conquistas pessoais? Como
foi o meu progresso e desenvolvimento individual? Avancei? Melhorei
ou piorei
numa determinada área? Como
me saí espiritualmente,
mentalmente e
fisicamente? Fui um bom marido, um bom pai, um bom irmão? Um bom
vizinho?”
Para
as respostas às perguntas acima, é necessário uma pesquisa interna
e íntima, no meu contexto social, cultural e econômico no
final do ano.
Projetando-me para o novo ano, conforme as minhas ideias estão
alicerçadas. Eu preciso identificar algum desenvolvimento, algum
progresso, algum avanço ou domínio de alguma tecnologia. Preciso
saber se culturalmente, eu aprimorei meu entendimento sobre alguns
pontos da macroeconomia.
Outras
perguntas: “Entendi
a realidade da crise internacional, da inflação, da carga
tributária, infraestrutura, democracia, impunidade e liberdade?”
A democracia e a liberdade são ferramentas indispensáveis para a
auto avaliação. Culturalmente, dentro de um país livre, eu posso
organizar minhas ideias e pensamentos, e compartilhá-las. Posso
realizar alguns atos positivos ou não, e participar de forma
igualitária, na constante construção da nação, inculcando-me uma
sensação interna de patriotismo e paixão.
Depois
das avaliações surgem as metas para o ano novo que se inicia. Estas
podem ser individuais ou coletivas. Podem ser num nível próprio ou
alheio, ou seja, para meu próprio desenvolvimento ou o
desenvolvimento de outro. Infalivelmente, surgem outros pensamentos
abstratos, sonhos, devaneios. “Neste
novo ano, se eu ganhar na loteria, ficarei muito rico”.
No ano passado, passou o ano, e eu não joguei na loteria. Isso se
tornou algo inatingível, pois eu fiquei fora estatisticamente,
daqueles que tiveram chances reais de ganhar.
Existe
uma diferença entre metas e objetivos, a primeira tem significado
definido como finalidade, fim, alvo, mira, marco, baliza, limite. Já
a segunda palavra se refere a uma espécie de fito a ser alcançado
em uma operação, em outras palavras, meta tem um prazo
pré-estipulado, uma data marcada para acontecer, objetivo não. É
como se objetivo fosse um sonho, uma esperança ou um anseio de se
alcançar um bem ou uma posição. Nem sempre as estratégias surtem
o efeito esperado. Na grande maioria das vezes, há tropeços e
falhas no meio do caminho. Mas mesmo assim, precisamos continuar
tentando.
Como
exemplo, temos as estratégias e os planos de ações militares numa
guerra real. Os planos são traçados, as datas estipuladas, os
posicionamentos são estrategicamente bem feitos. Estas são as
metas. O objetivo é obter a vitória, sendo que nem sempre é
possível, pois o adversário vai fazer de tudo para não se deixar
abater. Tempestades de toda espécie podem atrapalhar nossos
objetivos, fazendo com que nossos planos sejam frustrados. Mesmo
assim, por causa da nossa racionalidade, precisamos continuar
tentando.
Nunca
quis nada negativo atrapalhando meus planos, por isso, alguns pontos
racionais sempre foram ignorados ou suprimidos. E quando foram
considerados, às vezes, conforme as conquista iniciais, relaxei e
não dei a atenção necessária para as próximas etapas.
Desejo
para este novo ano que se inicia, alcançar meus objetivos reais, com
mais atenção, através da conquista das muitas metas estipuladas.
Bom 2013 a todos os leitores.
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