A classe C é a maior consumidora de produtos e serviços, dominando atualmente a população em certas cidades brasileiras. Numa pesquisa, realizada recentemente, pela empresa Data Popular, publicada na mídia, mostrou que Florianópolis, dentre as capitais da federação, é a cidade que tem mais gente na classe C. O estudo revelou que 48,5% dos moradores locais têm renda familiar entre três e dez salários mínimos.
A classificação de acordo com a renda familiar (por salários mínimos) é a seguinte:
- Classe A - Mais de 20 salários mensais;
- Classe B - Entre 10 e 20 salários mensais;
- Classe C - Entre 3 e 10 salários mensais;
- Classe D - Entre 1 e 3 salários mensais;
- Classe E - Até 1 salário mínimo mensal.
Na região sul, os bens mais adquiridos pelas famílias da classe C são, em ordem de consumo: Uma geladeira, uma máquina de lavar roupas, um carro. Em seguida, um cartão de crédito, um computador, plano de saúde e uma TV LCD/Plasma. Como intenção de troca de mercadorias, ou atualizações estão o carro e o computador.
Em santa Catarina, as cidades com maior concentração de pessoas na classe C são:
- Treviso - 55,32%
- Schroeder - 54,91%
- Cocal do Sul - 54,32%
- Presidente Getúlio - 54,04%
- Rodeio - 53,83%
- Joinville - 50,06%
- Itajaí - 49,34%
- Blumenau - 48,95%
- Florianópolis - 48,50%
- Curitibanos - 47,77%
As classes sociais brasileiras estão passando por uma profunda e nítida transformação, uma mudança que está criando um novo mercado de consumidores. O aumento da qualificação profissional, a universalização da educação básica e programas de distribuição de renda são os principais fatores para a injeção de milhões de consumidores na economia nacional. Quando a nova Presidenta do Brasil falou em erradicação da miséria, gostaria de dizer que no meu ponto de vista, isso é totalmente possível. Quem critica os modelos de distribuição de renda, como o Programa bolsa família, não entende de economia. Qualquer assistencialismo aos menos favorecidos que for feito, culminará para que eles mesmos saiam de classes sociais inferiores e busquem subir a pirâmide ou escada, com seus próprios esforços.
Quando instalaram uma rede de energia rural no sítio onde minha mãe mora, no interior de Curitibanos, achei estranho o empenho do pessoal da Celesc e da Eletrosul. Achei a obra dispendiosa demais para ser de graça (Programa Luz para Todos). Mais tarde, entendi que o governo federal, fazendo essas instalações, movimentariam uma fortuna em vendas de eletro eletrônicos. Foi uma verdadeira revolução. O governo até baixou o IPI da chamada linha branca na ocasião da crise financeira mundial de 2008 e 2009. Foi tanto o consumo que todos ficaram satisfeitos. Os fabricantes, os compradores e o governo que arrecadou mais impostos em quantidade de transações efetuadas.
Não podemos deixar de perceber as mudanças. Falo das que estão à nossa porta no que diz respeito ao comportamento humano, resultante da aceitação dos programas de estabilidade economica e financeira do Brasil.
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