terça-feira, 5 de abril de 2011

A CLASSE C

A classe C é a maior consumidora de produtos e serviços, dominando atualmente a população em certas cidades brasileiras. Numa pesquisa, realizada recentemente, pela empresa Data Popular, publicada na mídia, mostrou que Florianópolis, dentre as capitais da federação, é a cidade que tem mais gente na classe C. O estudo revelou que 48,5% dos moradores locais têm renda familiar entre três e dez salários mínimos.
    A classificação de acordo com a renda familiar (por salários mínimos) é a seguinte:

  • Classe A - Mais de 20 salários mensais;
  • Classe B - Entre 10 e 20 salários mensais;
  • Classe C - Entre 3 e 10 salários mensais;
  • Classe D - Entre 1 e 3 salários mensais;
  • Classe E - Até 1 salário mínimo mensal.

    Na região sul, os bens mais adquiridos pelas famílias da classe C são, em ordem de consumo: Uma geladeira, uma máquina de lavar roupas,  um carro. Em seguida, um cartão de crédito, um computador, plano de saúde e uma TV LCD/Plasma. Como intenção de troca de mercadorias, ou atualizações estão o carro e o computador.
    Em santa Catarina, as cidades com maior concentração de pessoas na classe C são:

  • Treviso                     -     55,32%
  • Schroeder                 -     54,91%
  • Cocal do Sul             -     54,32%
  • Presidente Getúlio     -     54,04%
  • Rodeio                     -     53,83%
  • Joinville                   -     50,06%
  • Itajaí                      -     49,34%
  • Blumenau                -     48,95%
  • Florianópolis            -     48,50%
  • Curitibanos              -     47,77%

    As classes sociais brasileiras estão passando por uma profunda e nítida  transformação, uma mudança que está criando um novo mercado de consumidores. O aumento da qualificação profissional, a universalização da educação básica e programas de distribuição de renda são os principais fatores para a injeção de milhões de consumidores na economia nacional. Quando a nova Presidenta do Brasil falou em erradicação da miséria, gostaria de dizer que no meu ponto de vista, isso é totalmente possível. Quem critica os modelos de distribuição de renda,  como o Programa bolsa família, não entende de economia. Qualquer assistencialismo aos menos favorecidos que for feito, culminará para que eles mesmos saiam de classes sociais inferiores e busquem subir a pirâmide ou escada, com seus próprios esforços.
    Quando instalaram uma rede de energia rural no sítio onde minha mãe mora, no interior de Curitibanos, achei estranho o empenho do pessoal da Celesc e da Eletrosul. Achei a obra dispendiosa demais para ser de graça (Programa Luz para Todos). Mais tarde, entendi que o governo federal, fazendo essas instalações, movimentariam uma fortuna em vendas de eletro eletrônicos. Foi uma verdadeira revolução. O governo até baixou o IPI da chamada linha branca na ocasião da crise financeira mundial de 2008 e 2009. Foi tanto o consumo que todos ficaram satisfeitos. Os fabricantes, os compradores e o governo que arrecadou mais impostos em quantidade de transações efetuadas.
    Não podemos deixar de perceber as mudanças. Falo das que estão à nossa porta no que diz respeito ao comportamento humano, resultante da aceitação dos programas de estabilidade economica e financeira do Brasil.

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