segunda-feira, 26 de abril de 2010

ÍDOLOS E LÍDERES



Econ. Antonio Carlos Popinhaki

Chama muito a atenção de psicólogos e pessoas que estudam o comportamento humano a característica humana de sempre estar à procura de líderes.  Parece que as pessoas sentem a imediata e constante necessidade de seguir alguém. De ter alguma pessoa que os comande, inspire, norteie e, conseqüentemente, os oriente.

Ao se voltar para o lado místico, sempre que o homem existiu, na ausência de um líder terreno, criou a imagem de deuses a quem cultuou por longos períodos. Isso aconteceu em todos os extremos da terra. Onde quer que haja instalado grupos sociais de seres humanos. Os imperadores romanos, por exemplo, eram adorados como verdadeiros deuses.

Com a globalização, veio a difusão do conhecimento. Devido à mídia on line cada vez mais presente, a liderança vem sofrendo alterações ao longo do tempo. Começou com as descobertas, na Idade Média e vem até os dias atuais.

Nestes nossos dias, as religiões, sejam grandes ou pequenas, já não conseguem com facilidade, inculcar nas mentes das pessoas, a idéia de culto a deuses, seja ele do formato qualquer, físico ou abstrato. A verdade é que suas existências nunca foram comprovadas.

Mas a humanidade quer seja mística ou não, demonstra necessitar de líderes ou ídolos a quem se espelhar e seguir.

No mundo corporativo, mais especificamente, há também uma necessidade constante disso. Seguir líderes. Parece intrínseco do ser humano.

Isso já foi confundido com divisões claras e sucintas de chefia ou gerência. Mas não é a mesma coisa. Absolutamente! Um líder é evidente. Tem características peculiares inquestionáveis. Mas não é perfeito. Um dos grandes desafios de um líder é formar uma equipe ideal. A primeira etapa para conseguir uma equipe de alto desempenho é a seleção. Quando se contrata um profissional com habilidades compatíveis com as necessidades do projeto, soluciona-se a maior parte da questão. A partir daí é aprimorar a maturidade, incentivar a interação de maneira que todos se conheçam e saber perceber os talentos de maneira a conduzi-los ao sucesso profissional e pessoal.

Um líder precisa saber lidar com o comportamento grupal ou individual. E isso é um fator crítico em todas as equipes. É importante, de forma saudável, saber o que se espera de cada um nas muitas situações típicas do trabalho não se esquecendo que haverá conflitos e que conflitos são positivos. A grande maioria deles pode ser administrada e, além disto, auxiliam na melhoria dos relacionamentos e provocam mudanças. Vale lembrar que em caso de divergência de idéias, sendo possível o melhor é sempre conseguir o consenso. O consenso transporta para a maturidade e exercita a argumentação e a reflexão.

Inequivocamente, um líder é um ser humano comum, não tem poderes especiais, não é um super-herói como nos moldes norte-americanos. Ele apenas tem a função de harmonizar o ambiente, focando no resultado. Havendo intromissão ou não, direta ou indiretamente. O que importa para um líder é que os seus comandados possam entender de forma racional seus argumentos. Não é necessário temer um líder, e sim respeitá-lo dentro de sua esfera hierárquica.

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