segunda-feira, 8 de março de 2010

CARNAVAL: UMA FESTA QUASE CULTURAL!


Caros colegas leitores, nesta quinzena escrevo sobre o Carnaval; esta festa quase cultural que acontece no Brasil no mês de fevereiro. Quero frisar que aqui está a minha opinião e é óbvio que vocês podem concordar ou discordar do artigo.
Apesar de o Brasil ter o maior Carnaval do mundo, a festa não é unanimidade entre a população nacional. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pelo Instituto Sensus.
Segundo os dados apresentados, somente 41,2% dos brasileiros gostam de carnaval, enquanto 57,4% não querem nem ouvir falar do assunto. Realizado entre os dias 12 e 16 de fevereiro, o levantamento ouviu 2 mil pessoas, em 195 municípios O professor de cultura popular da Universidade Estadual Paulista (UNESP) Alberto Ikeda considera que a superexposição do tema nos meios de comunicação dá a impressão de que o Brasil é o País do Carnaval. "Atribuo esse índice baixo à questão da moral. Como o carnaval expõe o nu, é combatido por grupos religiosos mais conservadores, que cresceram muito nos últimos 20 anos” (fonte www.catedralbaleia.com.br)
É nesse ponto que quero chegar. Nós brasileiros somos muito emotivos e nos deixamos levar por figuras, fotos, imagens, bens materiais, homens, mulheres nuas e outras cositas más. O carnaval se transformou em uma indústria de consumo como outras festas ao longo do ano que vai desde o sexo até o uso de drogas. A mídia como sempre alicerçada pelo poder e dinheiro contando com patrocínios de marcas de bebidas alcoólicas, carros, roupas entre outros consegue que cidadãos em casa se sintam envolvidos por esse vírus da cultura do carnaval. Não é novidade que a TV tente fazer isso, pois telespectadores entorpecidos consomem os produtos e assim a TV consegue manter-se nas casas das pessoas com o dinheiro que vem das grandes marcas e produzindo seja lá o que for.
Mas voltando ao Carnaval; pouca coisa em minha opinião ele tem de cultural. A não ser que promiscuidade, ingestão de bebidas, baderna, agressões estejam nos altos como sinônimo de cultura. Não comprovadamente o carnaval do século XI com desfiles e bailes na Europa talvez tenha sido algo cultural, pois era uma festa comemorada antes da quaresma para o período de respeito praticado pelos cristãos. Infelizmente não foi a mercadoria que foi exportado para o Brasil.
No meu trabalho pude averiguar situações que essa “Festa Cultural” pode proporcionar aos que dela fazem parte. Falo dos mais suscetíveis, os adolescentes que endossados pelos papais participam da comemoração. Detalhe; ainda não sei o que se comemora nessa festa, não há comemoração do jeito que eu vi. Fico pensando com os meus botões se os papais e mamães sabem onde estão os filhotes? Com quem estão? Se estão seguros?
Por caridade patrocinar ao filho de 14, 15 anos camiseta, ingresso e um copo que claramente não é para beber água pode vir de um pai ou de uma mãe? E ainda caso haja reclamação de alguma autoridade o pai ou a mãe dão ao filho a asa para que se proteja da ação da autoridade.
Devemos fazer um plebiscito com os pais que perderam seus filhos em acidentes, brigas, agressões, discussões banais nos carnavais da vida. Pergunte a eles se eles se arrependem de terem deixado seus filhos brincarem o Carnaval, Ahhh! Brincarem?
Não nos damos conta das situações até que algo de ruim nos aconteça ou aos nossos entes. Em alguns momentos vejo pais tentando achar culpados para os acontecimentos ocasionados pela falta de autoridade dos mesmos. Pais alerta aos filhos a respeito da bebedeira, amigos inimigos, com quem andas? Com quem estás?Onde é a festa? Ou infelizmente receberão uma noticia que serão vovôs antes da hora, que seus filhos contraíram doenças sexualmente transmissíveis, que sofreram um acidente ou ainda coisa pior. Está dado o recado. Preserve sua família. Ensinem aos filhos os valores da ética e da moral e não se arrependerão.
Marcos Ribeiro Chaves  - Professor e Conselheiro Tutelar de Curitibanos/SC



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