Depois que foi oficializado o tempo em que os
candidatos devem declarar-se abertamente em “campanha eleitoral”, observei
muitos comentários em jornais, debates de “cientistas políticos” na televisão e
também na internet, que os eleitores devem “escolher” bem os candidatos que
querem que os represente na administração pública. Isso é óbvio! Na prática,
alguns esquecem-se do conselho.
Os candidatos, que na sua maioria, são as
mesmas “figurinhas carimbadas” de velhos álbuns, estão em pleno labor na busca
dos preciosos votos. Nessa época, fazem de tudo, beijam criancinhas sujas,
mijadas, visitam casebres nas periferias, igrejas, bairros pobres com promessas
de que, se forem eleitos, reverterão a situação ou a condição em que
encontram-se muitos. Quantas promessas já foram feitas aos necessitados e não
foram cumpridas?
As organizações, associações e entidades de
diversas ordens tomam partido conforme agrada aos seus dirigentes. Tudo com os olhos fixados lá no futuro, quando
poderão precisar “fiscalmente” da ajuda daquele que ajudaram eleger.
Alguns líderes de igrejas já declararam apoio
a um ou outro candidato. Fazendo isso de forma notória, para que aqueles que
são da mesma “fé”, possam seguir o mesmo “pensamento de escolha”.
A Confederação Maçônica Simbólica do Brasil
aprovou a denominada “Carta de Belo Horizonte” onde enfatizam que o eleitor não
deve “vender” o seu voto, não votar em branco e nem anular esse voto. Ainda,
que o eleitor não deve votar em quem quer comprar o seu voto, que não deve
eleger políticos antiéticos e de comportamento descomprometido com a moral, que
não deve apoiar candidatos oportunistas, interessados em enriquecer
ilicitamente, no exercício de mandatos eletivos, entre outras orientações a
serem disseminadas.
Eu, como todo brasileiro que vota, encontro
uma enorme dificuldade em escolher um candidato ou candidata nessa eleição de
2014. Como disse anteriormente, são figurinhas carimbadas e já não seduzem
mais. Já foram, na sua maioria, testados e muitos não passaram no teste. Muitos
são candidatos ou candidatas, porque fizeram da política uma espécie de
profissão, onde conseguem ganhar dinheiro fácil sem muito esforço. Economistas,
médicos, advogados ou professores. Essas são as profissões de muitos, porque não
as exercem? Não era a sua vocação acadêmica? A maioria, não tem competência profissional,
então encontraram uma “válvula de escape” na política. Não por comprometimento
com o povo, mas com o bolso.
Escolher entre “A e “B” fica difícil, muito
difícil. A corrupção começa quando o eleitor vende o voto ou escolhe um
corrupto para ser o seu representante. Pensarei muito sobre isso até o dia das eleições. Se for necessário, eu não votarei em ninguém mesmo. Seguirei minhas
convicções, após muita análise e ponderação.
Antonio
Carlos Popinhaki
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