sábado, 28 de janeiro de 2012

4 LIÇÕES DA TRAGÉDIA DO RIO PARA QUEM INVESTE EM IMÓVEIS

Os trágicos desmoronamentos ocorridos nesta quarta-feira no Centro do Rio lembram aos proprietários de imóveis que os riscos desse tipo de investimento ultrapassam o sobe-e-desce da oferta e da demanda. Imóveis são bens físicos; expostos, portanto, a problemas estruturais e outros danos muitas vezes causados por quem não tem nada a ver com o empreendimento. Fora isso, há pessoas morando, trabalhando e visitando o seu investimento, e elas devem ser protegidas e reparadas caso o pior venha a acontecer.
No Centro do Rio, um prédio comercial chamado Edifício Liberdade desabou, levando ao chão dois prédios vizinhos. Aparentemente, o motivo foi um problema na execução de uma obra que ocorria no Edifício Liberdade. O que fazer no caso de um estrago de tamanhas proporções? E se o seu imóvel for danificado por causa da ação de terceiros? “Em casos como o do Rio, o investidor deve lembrar que existe o risco de perder completamente o seu investimento”, diz o economista Luiz Calado, autor de um livro sobre investimento em imóveis.
Veja a seguir as quatro lições que o investidor em imóveis deve aprender com a tragédia do Rio:
Seguros para imóveis têm excelente custo-benefício e protegem o bolso dos proprietários de verdadeiras facadas, uma vez que os sinistros costumam custar bem caro. No Brasil, é obrigatório por Lei que todo condomínio tenha um seguro denominado Cobertura Básica Ampla, que protege a estrutura do edifício e os móveis das áreas comuns contra incêndio e destruição total ou parcial, não importando a causa. O condomínio que não tiver este seguro deve ser multado em um doze avos do IPTU a cada mês sem seguro.
No caso que ocorreu no Rio, todos os prédios que desabaram estarão cobertos, caso tenham seguro. É importante lembrar, porém, que apenas o condomínio está segurado; as unidades – salas comerciais e apartamentos, bem como seu conteúdo – precisam de um seguro próprio.
As coberturas, nesse último caso, são inúmeras. A básica inclui incêndio, explosão e fumaça, mas em algumas seguradoras é possível contratar coberturas para impacto de aviões e veículos terrestres, vendaval, alagamento e até desmoronamento. Para casas e apartamentos residenciais, o valor do seguro não costuma custar mais do que 1% do valor do imóvel.
Uma cobertura importante dos seguros imobiliários é a de Responsabilidade Civil, que cobre danos causados pelo segurado a terceiros. Por exemplo, se a marquise da sua casa desabar e ferir um pedestre, esse seguro cobre os gastos hospitalares e até mesmo as despesas para responder a um eventual processo judicial.
Há coberturas interessantes até mesmo para inquilinos. Se você aluga o imóvel para desempenhar uma atividade profissional ou se trabalha em casa, pode ser bom contratar um seguro de lucros cessantes caso venha a ficar sem seu ganha-pão. “No Rio, se fecham a rua onde ocorreram os desmoronamentos, até o comerciante que nada tem a ver com a história terá de deixar de trabalhar e vai ficar sem faturar”, lembra Luiz Calado.
Portanto, ao investir em um imóvel comercial ou residencial, contrate um seguro e observe o ambiente em que ele está inserido para escolher as coberturas. É uma área de alagamento? Com grande incidência de vendavais? Exposto ao tráfego intenso da rua? Próximo a um aeroporto? Perto de imóveis velhos, que corram risco de desabamento?
Mesmo que o investidor não more ou trabalhe na propriedade, é essencial acompanhar ou ter alguém que acompanhe eventuais obras no empreendimento. Toda obra tocada por um engenheiro deve ser registrada no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) do estado, assim como o profissional responsável. A obra também deve dispor de todas as licenças cabíveis, conforme o que é determinado pelo Plano Diretor da cidade.
No caso do Rio, especialistas suspeitam que o Edifício Liberdade teria sofrido um dano na estrutura por conta de uma obra realizada por uma empresa ali instalada. De acordo com a prefeitura carioca, a situação do imóvel junto ao órgão era regular, e aquela obra, por sua natureza, não precisava de licenciamento. Mesmo assim, uma irregularidade passou: a obra não tinha registro no CREA-RJ.
Portanto, quem pensa que ter um imóvel vizinho a um imóvel comercial afasta o risco de obras executadas de forma irregular ou amadora está enganado. Embora os CREAs não tenham função fiscalizadora, os engenheiros são obrigados a informar o órgão de todos os procedimentos, com especificações técnicas. Caso haja algum problema, o CREA poderá punir profissionalmente o engenheiro registrado, o que por si só confere uma segurança a mais à obra.
O proprietário também deve estar de olho em eventuais sinais que possam indicar danos à estrutura, como rachaduras e dificuldades de abrir e fechar portas sem explicação aparente. No Edifício Liberdade, pessoas que trabalhavam no local chegaram a relatar que viram areia caindo dentro do prédio, por cima do elevador. Mesmo no Palace II, edifício que desabou no Rio de Janeiro em 1998, foi um morador que notou um dano em um dos pilares de sustentação após acordar com um estrondo e um tremor, o que levou os moradores a evacuarem o prédio. Nesses casos, a Defesa Civil deve ser acionada imediatamente.
Com ou sem obra, o investidor que aluga seu imóvel para terceiros deve se lembrar de visitá-lo periodicamente para se certificar de que não há nada estranho acontecendo. No Edifício Liberdade também foram levantadas suspeitas de uma explosão por conta de vazamento de gás, de corrosão e infiltração da laje de cobertura e até de sobrepeso por conta de depósito de entulho.
Ao vistoriar o empreendimento, o proprietário deve observar se há cheiro de gás, rachaduras, portas que passaram a fechar com dificuldade, inclinações no solo, infiltrações, entre outros sintomas indicativos de que há algo errado. É importante verificar também se há obras em imóveis vizinhos ou obras públicas nos arredores. “Uma obra de metrô, por exemplo, é um risco grande para um imóvel”, diz Luiz Calado.
Se algo de estranho for notado na estrutura, a Defesa Civil deve ser avisada. “Infelizmente não temos a cultura de levar o perigo muito a sério”, critica Agostinho Guerreiro, presidente do CREA-RJ.
Caso haja uma obra particular em um prédio vizinho, é uma boa ideia verificar se ela está pelo menos regular, na tentativa de se proteger de maiores desastres. Para saber se a obra e o profissional responsável estão registrados no CREA do estado, basta entrar em contato com o órgão e informar o endereço do imóvel. Para saber se a obra está regular junto à Prefeitura, a Defesa Civil é o canal.
Os três prédios que desabaram no Rio de Janeiro eram vizinhos e estavam expostos ao mesmo risco. Um único evento foi suficiente para que os três desaparecessem. A “lei” da diversificação dos investimentos vale também para os imóveis. Não invista em imóveis localizados no mesmo bairro ou região de uma cidade. Mesmo no caso dos fundos imobiliários, procure aqueles que são expostos a diferentes tipos de risco – um bom pagador de aluguéis, um fundo mais ativo e um que tenha vários imóveis em carteira.
“Imagine um sujeito que fosse dono de unidades em dois daqueles prédios que desabaram? Ao diversificar, o investidor se protege tanto da degradação da área quanto desse tipo de desastre”, lembra Luiz Calado.
Quem investe em fundos imobiliários terceiriza todo esse trabalho de acompanhamento do dia a dia do investimento. Os gestores já garantem o seguro, a regularização das obras, seu acompanhamento e, se fizer parte do perfil do fundo, também a diversificação.
A Brazilian Mortgages, gestora de mais de 30 fundos imobiliários, detalha o processo de execução de uma obra regular – seja uma benfeitoria, seja para a concessão de um financiamento à produção: as etapas começam em um estudo de viabilidade feito por uma empresa de engenharia, passando por uma avaliação das condições que possibilitem a obra, visitas mensais à obra e relatórios de medição e evolução do projeto.
 Portal Exame

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

OBAMA QUER ABRIR EUA PARA TURISTAS BRASILEIROS

      Presidente iniciou um programa focado especialmente em países emergentes como o Brasil. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira (19/jan/2012) um plano de turismo que pretende fomentar o emprego no país e abrir as portas aos viajantes de Brasil e China, que verão agilizados seus trâmites para conseguir um visto.
"Devemos dizer ao mundo que os EUA estão abertos", disse Obama em discurso na Disney World de Orlando, na Flórida, com o castelo de Cinderela como cenário.
Por meio de uma ordem executiva, o presidente iniciou um programa focado especialmente em países emergentes como o Brasil, cuja demanda de vistos aumentou 42% em 2011.
"A população do Brasil adora vir à Flórida, mas nós estávamos dificultando essas visitas", afirmou Obama.
O plano prevê agilizar em 40% a capacidade dos consulados americanos de tramitar vistos no Brasil e na China em 2012, além de assegurar que 80% dos que solicitem vistos de não-imigrante nesses países sejam entrevistados, como é preciso para receber a permissão de viagem, nas três semanas seguintes ao recebimento do pedido.
Também iniciará um programa piloto em ambos países que eliminará a necessidade de uma entrevista com os viajantes considerados "de baixo risco", como os que tentam renovar um visto ou, no caso do Brasil, que solicitem um visto pela primeira vez.
"Quanto mais gente visitar os EUA, mais americanos voltarão a trabalhar. É simples assim", destacou o presidente.
A Casa Branca calcula que se os EUA aumentarem sua participação no mercado turístico internacional poderiam ser criados no país mais de um milhão de empregos na próxima década.
A crescente classe média de países emergentes como Brasil, China e Índia é tratada como crucial nesse esquema, especialmente porque, segundo o Departamento de Comércio, os brasileiros gastam em média US$ 5 mil em cada viagem aos EUA.
Nos últimos anos, o Brasil disparou a demanda por vistos tanto por turismo como por negócios, com 800 mil solicitações em 2011, e Washington se viu obrigado a reforçar o pessoal de seus consulados e agilizar os trâmites no país.
No entanto, o Departamento de Estado descarta por enquanto a opção de permitir que as entrevistas possam ser feitas por videoconferência desde qualquer ponto do Brasil, para evitar os caros deslocamentos para grandes cidades, como pedem muitos interessados.
O plano de Obama também pretende expandir a mais países o programa que exime dos turistas a necessidade de um visto, que atualmente abrange 36 países, nenhum deles latino-americano.
A visita do presidente à Flórida, embora acertada pela predileção de muitos brasileiros pelo parque da Disney em Orlando, foi muito criticada pelos líderes republicanos, que o acusaram de fazer campanha eleitoral em um estado-chave para as eleições de novembro.
(Redação com agência EFE - www.ultimoinstante.com.br)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O SALÁRIO MÍNIMO DE R$ 622 JÁ ESTÁ EM VIGOR!

SÃO PAULO - O trabalhador brasileiro já pode contar com o novo valor do salário mínimo.

Isso porque, de acordo com o Decreto 7.655, publicado na edição do dia 26 de dezembro do DOU (Diário Oficial da União), o novo valor piso salarial entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2012 e é de R$ 622, o que corresponde a R$ 20,73 por dia ou R$ 2,83 por hora.

No ano passado, o valor do salário mínimo era de R$ 545. O acréscimo é de 14,13%.

Salário ideal:

Segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o brasileiro precisaria de um salário mínimo no valor de R$ 2.349,26 em novembro para conseguir arcar com suas despesas básicas.

O valor é 3,77 vezes superior ao novo valor do salário mínimo.

O reajuste do mínimo é calculado com base na inflação dos dois anos anteriores, acrescido do percentual de crescimento da economia do ano imediatamente anterior de sua validade, sendo que o método foi definido no início de 2010 por meio de uma medida provisória, que determina ainda a ocorrência da definição sobre o valor do mínimo por meio de decreto presidencial até 2015.

InfoMoney (InfoMoney - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da InfoMoney.)Por InfoMoney, InfoMoney, Atualizado: 2/1/2012 8:42