terça-feira, 12 de abril de 2011

OS BRASILEIROS NÃO SE PREPARAM PARA A VELHICE

Recentemente, a rede Globo mostrou uma reportagem no telejornal “Bom Dia Brasil” sobre uma pesquisa que foi realizada em 12 países. Essa pesquisa mostrou que os brasileiros são os mais otimistas com relação à velhice. As pessoas não se preocupam em planejar. Segundo a pesquisa, os mais velhos acreditam que podem contar com a família para cuidar deles. Isso acontece mesmo que a família não disponha de recursos ou condições para arcar com essa responsabilidade.
O que mais impressiona é que a pesquisa aponta que pouquíssimas pessoas pensam em poupar para se garantir na terceira idade. Quanto mais tarde nos preocuparmos com isso, mais dinheiro será preciso economizar. Só que a cultura do brasileiro não assimila isso.
A pesquisa internacional de saúde Bupa Health Pulse, feita em 12 países revelou uma geração que se sente jovem aos 70, 80 anos - 72% dos entrevistados com mais de 65 anos não se sentem velhos. Isso pode ser bom, mas também pode atrapalhar. Esse excesso de otimismo às vezes pode esconder problemas de saúde, por exemplo. Muitos idosos não gostam de ir ao médico, fazer exames ou se cuidar na alimentação. Sentem-se bem e dispostos. Mas muitos desses mesmos idosos morrem repentinamente, ou mais rapidamente, porque não sabiam que estavam com um problema de saúde. O Brasil se destaca pelo otimismo: 46% dos adultos com menos de 65 anos não acham preocupante envelhecer. E mais: aqueles que até encaram com bons olhos a terceira idade chegam a 17%, o maior índice entre os 12 países.
O lado preocupante é que 64% dos brasileiros não se preparam para a velhice. Mais da metade nem sequer começou a pensar nela e apenas 7% reservam algum dinheiro para quando a aposentaria chegar.
Os mais jovens acham que a velhice está muito longe e que terão muito tempo para pensar sobre o assunto. Outras pessoas menos preparadas financeiramente vão vivendo a vida conforme dá. É difícil pensar no futuro quando as dificuldades acontecem agora.
E 76% dos brasileiros acham que a família vai estender a mão. Será que é seguro contar com a família na velhice? É bom lembrar que as estruturas familiares estão mudando rapidamente. O número de filhos é menor, a expectativa de vida é maior e o índice de divórcios cresce. Com isso, aumenta o risco de o idoso ficar desamparado.
Muitas vezes ouvimos pessoas idosas pronunciarem a seguinte frase: “eu e minha mulher, nós vamos ter que nos virar sem nossos filhos”.
Para ter cerca de R$ 350 mil guardados na velhice, é preciso pôr na poupança R$ 350 por mês durante 30 anos. Quem economizar por apenas 15 anos terá de guardar R$ 1.200 por mês.
Algo muito importante é a pessoa que vai fazer esse tipo de poupança, avaliar o quanto ele vai precisar no futuro. E ter muita força de vontade e determinação para não mexer no dinheiro mesmo em casos especiais. Isso poderá comprometer todo o planejamento do futuro.
A pesquisa também revelou uma grande preocupação dos brasileiros relacionada à velhice: 61% disseram que têm medo de perder a memória e, principalmente, de perder a independência.
Por isso, aconselho sempre meus alunos a exercitarem continuamente suas mentes, lendo, estudando e usando o computador para interagir com outras pessoas. Estar atento às mudanças e comportamento humano é um ótimo exercício pessoal.

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