Um "anacronismo" é algo que não se encaixa no tempo ou lugar para o qual é reivindicada. Por exemplo, um conto do Rei Henrique VIII assistindo televisão seria anacrônica (período de tempo errado).
O Livro de Mórmon tem sido frequentemente acusado de conter numerosos anacronismos. As seis categorias são: (1) fauna (animais), (2) flora (plantas/vegetação) e têxtil (seda e linho), (3) guerra (4); metais; (5) o cristianismo pré-cristão, e (6) bússola, moedas e outros itens diversos.
A maioria dessas categorias tem algumas semelhanças. Para os que defendem a tese de que o livro é verdadeiro, o apontam, sem fundamento científico, para a possibilidade de que tais coisas estavam nas Américas. Contudo, sem poderem explicar, dizem que as evidências desapareceram com o tempo. Outra tese desses defensores, é que as evidências comprobatórias ainda não foram encontradas. A terceira tese, talvez a mais absurda, a meu ver, soa como um argumento de desespero, é que os títulos do Livro de Mórmon são baseados numa nova titulação dos itens do Novo Mundo, familiarizados com títulos do Velho Mundo.
Dizem os líderes d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, “As peças estavam aqui, mas desapareceram ou ainda não foram encontrados”. Arqueólogos, antropólogos e linguístas, afirmam que nunca foi encontrada nenhuma evidência, até o presente momento, em sítios pré-colombianos da Mesoamérica, que justifiquem ou comprovem qualquer conteúdo exposto no Livro de Mórmon. Portanto, para muitos cientistas, Mórmons ou não Mórmons, se supõe que essas coisas não existem, e nunca existiram.
Para continuar, farei uma pequena análise sobre os ensinamentos dos líderes da Igreja SUD. Ressalto seus argumentos que “nem tudo o que já existiu na Mesoamérica foi encontrado, não podemos dizer positivamente que algo não existe”. Só que tem um detalhe, no início do artigo enumerei seis anacronismos. É improvável que nenhum destes, possa ter deixado algum vestígio comprobatório. Constantemente, são encontrados vestígios de povos que viveram nas Américas, mas geralmente são da idade média. É comum a própria Igreja tentar enganar os incautos, membros e prosélitos, com literatura e ilustrações que contêm informações dos incas, Maias e Astecas. Esses povos não são, de forma alguma, nefitas ou lamanitas, como eram chamados os povos descritos no Livro de Mórmon.
Dias atrás, lendo na internet, deparei com um apologista Mórmon que defendia a existência de elefantes aqui no continente americano, conforme descrito no Livro e Mórmon. Este membro iludido, num ato de desespero, tenta justificar que “Os nomes que aparecem no Livro de Mórmon são resultado de uma nova rotulagem, de acordo com nomes conhecidos através dos anos. Em várias culturas, as pessoas têm colocado novos nomes em coisas, por não estarem familiarizados com nomes conhecidos. Os gregos, por exemplo, quando encontraram o primeiro hipopótamo no rio Nilo, o rebatizaram de "cavalo do rio". Isso quer dizer, como não há provas, agora não existiram elefantes na América? Mas algum outro animal que foi rebatizado de elefante?
Para encerrar, gostaria de salientar que A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, foi estabelecida por Joseph Smith. Um rapaz que vivia enganando pessoas com promessas de ter o dom de encontrar tesouros ocultos. Este mesmo rapaz, disse que recebeu a visita de um anjo, que ele nem mesmo sabia dizer o nome. Pois nos primeiros registros da Igreja, o nome do anjo era Néfi, depois virou Morôni. Recebe deste anjo um conjunto de placas de ouro. Carregou sozinho, esse conjunto de placas de ouro. Conforme sua descrição de tamanho, pelos cálculos de muitos, pesariam mais de 100 quilos. Ele manipulava estas placas, movendo-as com facilidade para vários lugares. O incrível é que nunca ninguém conseguia vê-las, a não ser ele próprio. Este Jovem devia ser muito forte. Para ele, carregar mais de 100 quilos, era como carregar um brinquedo. Nem a esposa, nem aquelas pessoas que o ajudaram na prática de tradução, conseguiram ver tais placas de ouro.
Para mim, esse livro é pura fantasia. Qualquer um dos seis anacronismos apontados aqui está no livro para quem quiser ler. É improvável que nenhum desses não pudesse ter deixado algum vestígio, caso o livro fosse verdadeiro. Todavia, é tão absurdo o seu conteúdo que nem vale à pena alguém ler. Eu não recomendo sua leitura. A igreja que Joseph Smith fundou tem cerca de 219 ramificações. Muitas dessas, não aceita o Livro de Mórmon como uma escritura sagrada. Pelo visto, nem entre os Mórmons há o consenso em relação à veracidade do livro.
Gaúcha Mórmon
ResponderExcluirOlá Antônio, sou membro da igreja SUD, há dias tenho acompanhado o seu blog e também o da Investigadora. Realmente descobri muitas coisas que, tenho certeza, dentro da igreja ninguém se atreve a comentar. Estou buscando a verdade (se é que existe), embora frequente a igreja há anos (inclusiva já fui 1 vez ao templo) não sou muito ativa (não atuo em nenhum chamado no momento) embora frequente as reuniões com alguma regularidade.
Foi postado em uma comunidade do orkut o seguinte link: http://www.dominiosfantasticos.xpg.com.br/id479.html
Dei uma olhada e realmente mostra alguns artefatos encontrados na América do Sul, inclusive um em que aparece desenhos de elefantes. Você tem alguma informação sobre isso?
Quero que saiba que embora eu seja membro da igreja Sud de forma alguma critico a sua posição e posso até entendê-la, nem vou dizer que possuímos a unica verdade existente, pois acho isso um pouco difícil.
Gaúcha Mórmon!
ResponderExcluirA unica informação que tenho sobre elefantes aqui neste continente são que foram trazidos para cá após o descobrimento da América em 1492 d.C.
Sei que foram encontradas ossadas de mamutes neste continente. Esses animais são pré-históricos que viveram na época dos dinossauros na Terra. Eram muito parecidos com elefantes. Mas não eram elefantes. Eles foram todos extintos há muitos anos. Estes animais extinguiram-se provavelmente devido às alterações climáticas do fim da Idade do Gelo. Descobertas mostram também que o ser humano teve papel fundamental sobre a extinção dos Mamutes. A descoberta mostra que o ser humano matou Mamutes para comida, vestimentos, ossos e couro para fabricação de casas, etc.
Joseph Smith, o maior caçador de tesouros (após o pai Joseph Smith Senior) da região onde vivia (segundo gabava-se o pai). Enfim, cada um tem um tempo, uma maturidade, uma forma de lidar com a realidade, limitando-a ou entendendo-a devagar, de bom grado. Me refiro a como atualmentenós, do século XXI, observamos essas coisas importadas lá dos EUA. Este país racista historicamente ainda teve uma religião, com "cara' de boazinha", mas com o subsolo de sua história machado de sangue e racismo, sobretudo pelos 126 anos de Apartheid racial além de tudo, defendido por Ezra Taft Benson, espécie de Olavo de Carvalho dos mórmons por defender a inferioridade "da raça africana', como ambos diziam abertamente. Foi nessas circunstâncias que o Livro de Mórmon - ou Livro de Joseph Smith & CIA - que passou a existir. Imprimiram nele toda podridão da elite rural escravagista norte-americana e hoje é a igreja corporação dos que extorquem pobres pelo mundo afora.
ResponderExcluirUM CASO DE ANACRONISMO QUE PASSARIA DESPERCEBIDO - O CASO ISABEL. O Livro de Mórmon é um belo livro, com uma interessante e pungente estória nos moldes de um romance. Mas é só até aí. Ir além disso causará inevitável saia justa se, e somente se, alguém disser que este livro é uma "inspiração original nunca vista". Se realmente o analisarmos sob correta Exegese e Hermenêutica logo desvendaremos como ele foi confeccionado, idealizado e compilado. Em suma, veremos plágios diversos, anacronimos quase infindáveis, como o nome Isabel citado em Alma 39:3. Ora, de acordo com o livro, Isabel viveu por volta de 74 AC (ou 74 AEC como se diz hoje). Na verdade, "Isabel" é um nome feminino de origem espanhola. Não vou nem lembrar da despedida em frances do final do Livro de Jacó! Pois bem, "Isabel" origina-se como a forma medieval espanhola de "Elisabeth" (em última análise, o hebraico Elisheva). Historicamente há a relação conflituosa entre ambas culturas espanhola e inglesa e não é de admirar a "presença" daquele nome na cultura inglesa, sobretudo pela também presença espanhola em território norte-americano quando das 13 colônias, afinal, os espanhóis chegaram àquele continente em 1492. Fora da relação contextual acima, temos outros anacronismos como bússolas, camelos, e até elefantes em pleno solo estadunidense ou americano (no geral) e ainda por cima "cavalos" !?! Ora, estes últimos são os mais fáceis de se "rastrear" evolutivamente falando, exatamente por terem sido trazidos pelos espanhóis acima mencionados.Notei que o LM atual vem com uma "discreta' intervenção para forjar que "uma parcela dos índios estadunidenses descende de israelitas antigos". Porém, a Ciência logo dá risadas deliciosas sobre essa "mexidinha" que as Autoridades Gerais cometem e acham que ainda enganam. No mais, é um bom livro, que até plagiou o Sermão da Montanha (parte mais notável do NT), e Smith foi sagaz nessa escolha, só que ele desconhecia inteiramente (e até subestimava, certamente) que a Ciência evoluiria como cavalos, renas, tamanduás e homens! Daí, faltando pouco para o bicentenário da igreja em 2030, ela se encontra num verdadeiro pântano de arruinamento de sua estrutura e doutrina, precisando forjar marketing de sucesso como faz Pablo Marçal para omitir a mentira e vagabundagem dele. É até divertido ver o trâmite desse destino, viu. Desejo alegrias! (Não é pessoal, apenas falei em âmbito generalizado). Bolsonaristas é que veem tudo como se fosse pessoal. Gratidão pelo espaço possibilitado.