quarta-feira, 9 de março de 2011

A Caderneta de Poupança em nossos dias!

Vou escrever sobre a Caderneta de Poupança. A história remonta o ano de 1861, quando o Imperador Dom Pedro II, ao criar a Caixa Economia da Corte, instituiu como deveria ser o rendimento, para o dinheiro captado da população. Com o passar dos anos, essa modalidade sofreu várias mudanças, inclusive com as definições de rendimentos e correção monetária, além dos juros pagos. Hoje em dia, aparentemente, a taxa não demonstra uma atratividade aos poupadores. A Caixa Econômica Federal é a instituição líder no mercado nacional, com 23 milhões de contas de Poupança, o que corresponde a mais de 30% de todo o mercado.
Alguns economistas defendem a modalidade, enquanto outros até dão dicas para os poupadores fugirem ou migrarem para outras modalidades. Vejamos algumas razões apontadas por este último grupo: Em primeiro lugar, está a baixa rentabilidade. As recentes perdas fazem com que os investimentos em títulos públicos, por exemplo, tornem-se muito mais atrativos e são igualmente seguros.
O mercado de ações também é muito tentador para aqueles que poupam. Com a quantidade de informações disponíveis sobre esta modalidade de investimento, aliado ao conhecimento sobre os riscos e possibilidades de retorno no longo prazo, as pessoas percebem que está na hora de avaliarem suas migrações, em todo ou de parte do seu capital para fundos de ações. Ou até mesmo, o investimento direto em ações, caso já esteja preparado.
Também há a necessidade de diversificação. Na busca pelo aumento da rentabilidade da carteira de investimentos e diluição dos riscos, é importante pensar na diversificação. Nunca é demais lembrar que não devemos por todos os ovos numa mesma cesta.
Uma das razões razoáveis e coerentes, pelo menos é a tendência de queda para taxa de juros de longo prazo. Apesar da Taxa Selic ter subido nos últimos meses e ainda ter espaço para mais altas, a tendência é que ela retorne aos patamares abaixo de dois dígitos no longo prazo. É isso que o governo almeja. Só não conseguiu ainda porque o fantasma da inflação o atormenta. Mas isso nem sempre se dará assim. Então é importante aproveitar o período atual para investir, pois daqui a alguns anos, uma diferença de 2% ou 3% ao ano na rentabilidade da sua carteira será bem relevante. Isso no remete às perspectivas de boas perspectivas econômicas e políticas do Brasil indicam um longo período de relativa estabilidade e crescimento. Esses fatores diminuem o risco de vários investimentos, possibilitando que os investidores sejam menos conservadores e arrisquem parte do capital em busca de maiores rentabilidades.
A confiabilidade e esperança de solidez existente em nosso Sistema Financeiro Nacional, notadamente aumentada pela forma como o Brasil superou a crise de 2008 e pelas políticas de proteção bastantes conservadoras do Banco Central, permite que o investidor “se aventure em outras praias”, sempre evitando os investimentos mais exóticos ou com pouca informação.
Outra razão seria a Aposentadoria complementar. Com o aumento da longevidade da população aliado às incertezas quanto aos proventos do INSS, faz-se necessário investir parte do capital em previdência complementar. Isso pode ser feito através de planos de previdência privada ou montando sua própria carteira de investimento, balanceando com títulos públicos e ações com foco em empresas que pagam bons dividendos.
Considero uma razão importante, mas muito importante mesmo, são a disseminação e o crescimento da educação financeira. Com o aumento da quantidade de informações com qualidade sobre o assunto, a população está cada vez mais educada em termos de finanças. Os cursos de Finanças Pessoais fazem com que muita gente se acautele. Fique mais propensa em economizar nos gastos. Investir o dinheiro que sobra e, para isso, estão conhecendo cada vez mais as opções de investimento existentes além da poupança.
A queda do poder aquisitivo da poupança é outro fator importante. Além da rentabilidade da poupança ter reduzido consideravelmente, a inflação tem subido, diminuindo assim o poder de compra da poupança. Para entender esse impacto, a poupança fechou 2010 com um rendimento de 6,9%. Se considerarmos o rendimento real (descontando a inflação do ano passado: 5,90%), chegaremos ao valor de 0,94% a.a. Muito pouco para chamá-la de investimento. Os estímulos fiscais são modalidades similares. Não é apenas a poupança que é isenta do imposto de renda. Investimentos em fundos imobiliários, Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ou Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) também são isentos.
Além disso, o governo federal oferece incentivos para investimentos de longo prazo, como redução da alíquota do IR para investimentos acima de dois anos ou a possibilidade de deduzir parte do imposto a ser pago através de investimento em PGBL, por exemplo. No site http://queroficarrico.com vocês poderão ver maiores informações sobre esse assunto e outros que dizem respeito ao seu bolso.

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