terça-feira, 25 de junho de 2013

Endividamento das famílias sobe para 44,2% em abril, novo recorde

Informações sobre endividamento e comprometimento da renda são do BC.
Endividamento maior está relacionado com alta da inflação, diz economista.
O nível de endividamento das famílias com os bancos avançou em doze meses até abril deste ano e atingiu o patamar recorde de 44,2%. Segundo informações divulgadas pelo Banco Central, nos doze meses até março o indicador estava em 43,9%.
"Isso é resultado de alguns fatores, como o crescimento menor do país, que gera menos renda, e, principalmente, por conta da alta da inflação, que acaba corroendo parte da renda das famílias, que buscam mais empréstimos", explicou o vice-presidente da Associação de Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira.
Crescimento desde 2005
O endividamento das famílias vem registrando alta desde o início da série histórica da autoridade monetária, em janeiro de 2005. Naquela época, estava em um patamar bem menor: 18,39%. Em fevereiro de 2007, atingiu a marca de 25% e, no início de 2008, superou a barreira dos 30%. A marca dos 40% foi registrada no começo de 2011.
Miguel Ribeiro, da Anefac, avaliou que a alta no endividamento das famílias nos últimos anos está relacionada com o ingresso de milhões de pessoas, nos últimos anos, no mercado de crédito. "Hoje é possível uma pessoa que mora em favela, e que não consegue comprovar enderenço, ter acesso ao crédito. Camelôs, sem comprovante de renda, também. São as classes C, D e E entrando no mercado de consumo", afirmou.
De acordo com ele, o programa Minha Casa Melhor, que financia móveis e eletrodomésticos para os participantes do Minha Casa Minha Vida, com juros baixos, de 5% ao ano, também deve contribuir para elevar endividamento nos próximos meses. "Inevitavelmente, essa condição muito boa [de juros menores] pode trazer alta do endividamento", declarou.
Casa própria
O vice-presidente da Anefac também analisou que parte desta alta no endividamento está ocorrendo por conta de famílias que estão tendo acesso ao crédito para compra da casa própria e, neste caso, isso é positivo. "É para aquisição de patrimônio. Isso acabou contribuindo para que houvesse um aumento. Mas é bom, porque as pessoas estão saindo dos alugueis e indo para a casa própria", disse ele.
Os dados do BC mostram que, excluindo o crédito imobiliário, o endividamento das famílias, em doze meses até abril, ficou estável no patamar de 30,47% – o mesmo de março deste ano. Entretanto, está bem acima do registrado no início da série histórica, em 2005, quando somava 15,2%.
Comprometimento da renda cai
Os números da autoridade monetária também revelam que o comprometimento mensal da renda das famílias com pagamento de empréstimos para instituições financeiras registrou pequena queda no mês de abril, para 21,54%, contra 21,61% em março deste ano. Em 2005, este indicador estava em 15,61%, atingindo a barreira dos 20% em junho de 2011.
"O conjunto de prestações nunca deve ultrapassar 30% da renda, porque não se vive só de prestações. Também há gastos com Saúde, escola", disse o executivo da Anefac. "O consumidor tem de ficar atento para que não busque tanto linhas de crédito de curto prazo, com juros maiores, como o cheque especial e o cartão de crédito", explicou ele.
Segundo o economista, as facilidades do crédito muitas vezes induzem ao erro. "As pessoas não estão todas devidamente preparadas para lidar com o crédito. Mais recentemnete, os bancos vêm dando um pouco mais de orientação, mas falta o governo tentar dar mais educação financeira. É o impediatismo do brasileiro que ficou muitos anos sem acesso a nada de consumo, e isso pode induzir ao erro", disse.
Fonte: Portal G1.
 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

EMPREENDEDORISMO COMO VOCÊ NUNCA VIU


Empreendedorismo está ligado com inovação, mudança, modificação. Pode ser interna ou externa. O empreendedorismo interno é também chamado de intraempreendedorismo. Consiste no ato de um funcionário achar uma maneira de algo ser mais eficiente. Pode ser uma mudança, uma adaptação ou uma alteração radical num processo. Mas não é sobre esse empreendedorismo que eu quero escrever.
Empreendedorismo é tema de inúmeros debates, cursos, seminários e treinamentos. O Brasil desponta como um país empreendedor. Dotado de diversas ideias. O brasileiro manifesta-se como um povo empreendedor, ocupando o terceiro lugar no ranking mundial, com mais de trinta milhões de empreendedores.
Novos negócios surgem a cada dia. O setor que mais cresce é o de serviços. Os empreendedores geralmente são jovens, que tem entre 25 e 40 anos. Eles abrem um negócio próprio, não porque ficaram desempregados ou por necessidade, mas porque “enxergam” boas oportunidades de crescer financeiramente.
Resolvi escrever sobre o assunto, porque encontrei recentemente um livro muito interessante: Chama-se “O Livro Negro do Empreendedor – Depois não diga que não foi avisado”, do escritor Fernando Trias de Bes. Este livro mostra o lado racional do empreendedorismo. O conteúdo é um alerta a todos os pretensos empreendedores, que querem abrir seus próprios negócios. Com certeza, vale a pena adquirir um exemplar.
Segundo o autor: “A ideia é o veículo da atividade empreendedora, mas jamais uma motivação sólida e duradoura”. Mas a ideia, não é o único ponto, em que muitos empreendedores, que fracassam em pouco tempo, se apoiaram para justificar sua aventura empresarial. Há uma lista enorme de motivos ou desculpas comuns. Vejamos algumas: 1) Estar desempregado ou ter de seguir adiante; 2) Odiar o chefe; 3) Odiar a empresa em que trabalha; 4) Não querer depender de nenhum chefe (é insuportável receber ordens); 5) Organizar o tempo entre a vida pessoal e a profissional; 6) Ter liberdade de horário; 7) Ter poder para decidir quais serão seus dias livres; 8) Ganhar mais dinheiro do que trabalhando para os outros; 9) Querer recuperar o patrimônio perdido pela família; 10) Provar algo aos demais; 11) Provar algo para si mesmo; 12) Provar algo aos pais; 13) Ficar rico, ter sucesso; 14) Contribuir para o desenvolvimento da região; 15) Dedicar-se a um assunto de que gosta e ao qual não é possível se dedicar, a não ser empreendendo. A lista é mais extensa e não é possível relacionar todas as razões aqui.
Seguindo o raciocínio do autor do livro citado anteriormente, “não basta apenas ter uma ideia empreendedora”. Pesquisei na internet e encontrei algo sobre a mortalidade das pequenas empresas brasileiras. Os chamados pequenos negócios. Cerca de 72% delas, não sobrevivem por causa de inexperiência do empreendedor. Algo relacionado com: incompetência, falta de experiência de campo, falta de experiência profissional, experiência desiquilibrada. A ideia pode ser boa, mas se você não tem as qualidades para exercer ou comandar o empreendimento, de nada lhe adiantará isso.
O livro também nos mostra algumas informações importantes, quanto a ter sócios. Na verdade, um número considerável de empreendedores têm sócios sem necessidade. Lição 1: não tenha sócios. Lição 2: não tenha sócios. Lição 3: não tenha sócios. Se precisa mais capital, busque um banco. Se precisa de habilidades complementares às suas, contrate profissionais, empregue. Se precisa de conselhos, contrate um consultor. Se tem medo, faça algum esporte. É inerente à insegurança do ser humano, buscar "companheiros de jornada". E se a insegurança te molesta, não empreenda, muito menos ponha mais gente no barco sem necessidade. Ainda mais em fases iniciais de um negócio. Muitas decisões não podem ser democráticas, e quando se tem sócios que também trabalham, o consenso fica difícil e as decisões não saem.
Um dos pontos fortes das empresas pequenas é seu processo rápido de decisão. Sócios só atrasam isso. Deve haver um que mande mais que os demais. São ótimas lições que devem ser estudadas. Há de findar o vício de se abrir empresas por puro impulso.