quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A PERSUASÃO!



Persuasão ou convencimento são sinônimos de convicção. As pessoas que são persuadidas num assunto qualquer, começam a demonstrar convicção de que aquela causa abraçada é correta e verdadeira. Vemos isso em diversos lugares. Pessoas que são fanáticas torcedoras por um time de futebol, por exemplo. Muitas acabam matando ou morrendo em nome de seu time do coração. Felizmente, aqui onde moramos, não temos que tratar com situações ou pessoas dessa natureza. Todavia, isso é muito comum nas capitais brasileiras ou nas cidades onde há estádios e grandes times de futebol. Quando o campeonato está muito competitivo, as chances de encontrarmos problemas envolvendo torcedores é grande.
Esse amor literal por um time de futebol, geralmente é introduzido na mente do torcedor por alguém. Isso, às vezes vem desde a infância. O responsável pode ser o pai, ou algum outro familiar, que torce ou torcia pelo mesmo time. Torcer é bom, mas é preciso observar as regras e os limites. Estes limites devem existir em forma de educação, sabedoria e compreensão do que é ganhar e perder. Uma vez que nenhum time só ganha, não vale a pena se matar ou matar alguém quando seu time perde.
Outro lugar onde a persuasão está presente, é dentro dos partidos políticos. Acontece algo parecido com o exemplo dos torcedores de futebol. As pessoas ficam meio que atordoadas. Quando tem eleições fica tudo mais evidente. Tamanho chega a ser o fanatismo pela causa. Fulanos que antes eram amigos, de repente ficam inimigos. Vizinhos ficam contra vizinhos. Por um tempo, não se falam, mal se cumprimentam. Famílias ficam divididas por causa de uma sigla. Nem é por causa de um ideal, pois ideal político não existe mais. Atualmente, todos os partidos políticos têm características semelhantes. Concordo que ao abraçarmos uma causa, devemos seguir as regras da mesma. Mas todo sacrifício deve ter um limite.
Encontramos persuasão também dentro das igrejas e religiões. Este tipo de convencimento é um dos piores, pois às vezes, bitola ou limita o desenvolvimento das pessoas por longos anos. Eu mesmo, já fui um “alienado” seguidor de uma bandeira religiosa. Escrevo estas palavras, sem medo de ofender nenhuma denominação eclesiástica. Sei meus limites e sei até onde posso expor meus pensamentos sem insultar ninguém.
Mesmo assim, gostaria de expor algumas considerações baseadas no que aprendi sobre o assunto. Quem lê e questiona o contexto pode perceber que todas as religiões mudam constantemente e se adequam conforme as modas contemporâneas. Na igreja católica, por exemplo: Por longos anos, as missas eram rezadas com o padre de costas para as pessoas.  As músicas eram caracterizadas como hinos e não como MPB, Rock ou outros ritmos da moda. Nas igrejas protestantes e evangélicas era a mesma coisa. Em tempos não muito distantes, era explicitamente proibido um crente assistir ou possuir um aparelho de TV. Isso seria um pecado mui grande. O diabo era o pai da televisão. Hoje todas estas igrejas que condenavam o uso da TV, praticamente possuem programas em canais abertos. Todos os membros são incentivados a assistir e propagarem seus programas na televisão.
A persuasão, convencimento, alienação é algo a ponderarmos constantemente. Vivemos por nosso conhecimento? Estudamos e racionalizamos ou vivemos pelo que alguém nos empurrou, num determinado momento da vida? Estamos convictos realmente de que nosso time do coração é de fato a melhor opção para torcermos? Nosso partido político nos faz diferentes dos demais partidos existentes?  Nossa religião é de fato, uma boa opção para crescermos em conhecimento, sabedoria e progresso pessoal? Estamos aprendendo algo com nossas escolhas a que fomos persuadidos um dia? Se a resposta for afirmativa, meus parabéns. Caso contrário, aconselho a rever seus conceitos e a ser mais crítico.
A capacidade de racionalização, de criticar, de construir, de apresentar propostas, mostrar caminhos melhores, é o que nos diferenciará dos demais persuadidos, convencidos e alienados. 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

INADIMPLÊNCIA AUMENTA A CADA DIA!


Cerca de 70% dos empréstimos feitos por idosos, são por impulso ou para outras pessoas.
Aparentemente atrativas, as ofertas de empréstimos para aposentados e pensionistas têm deixado cada vez mais pessoas endividadas. Dados do Conselho Municipal do Idoso (Comid) de Lages, apontam que cerca de 70% dos empréstimos feitos por idosos são por impulso ou para terceiros e, por causa disso, o índice de inadimplência cresce a cada dia.
A promessa de conseguir dinheiro com facilidade, com baixos juros e um longo prazo para pagar, faz com que cada vez mais aposentados façam empréstimos sem necessariamente ter necessidade. Mesmo sendo bem orientado, pois é membro do Comid, o aposentado Osni Linder, 80 anos, acabou caindo na armadilha dos empréstimos. Em 2010, ele quis fazer uma pequena reforma em sua casa e, para tal, procurou um banco e pegou emprestado R$ 1.200,00.
O valor poderia ser pago em 18 parcelas mensais, custando pouco mais de R$ 80,00. O valor da parcela, aparentemente baixo, foi o que mais motivou Osni a aceitar a proposta. Com sua aposentadoria, de pouco menos de um salário mínimo, ele sustenta a casa e a esposa e, em pouco tempo, o valor da prestação do empréstimo começou a pesar no bolso.
Sem conseguir pagar, ele recorreu à filha, que o ajudou para que não ficasse inadimplente e os juros tornassem a dívida ainda mais alta. “Se eu pagasse o empréstimo, o dinheiro ia me fazer falta para os gastos mensais com medicamento, água, luz, impostos, e na hora que contratei o serviço, nem me dei conta disto”, conta.
Depois de se sentir prejudicado ao fazer um empréstimo para resolver uma situação que não era tão urgente, Osni hoje se diz mais precavido e deixa algumas dicas para os aposentados. “As pessoas que ganham um salário mínimo têm que pensar muito bem para saber como vai fazer o empréstimo e se dá conta, porque vai fazer falta depois, isso não tem dúvida. Também acho que empréstimos só devem ser feitos em casos de urgência ou necessidade por causa da saúde”.
Membro do Comid há sete anos, Osni conta que é comum idosos que fazem empréstimos em seus nomes, visando benefício de netos ou filhos, e acabam em maus lençóis por isto.
Oferta de crédito fácil
A vice-presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Lages (AAPL), Zoenir Amaral, acredita que a oferta de dinheiro fácil, aliada ao fato de que muitas financiadoras oferecem o serviço apenas visando o cumprimento de metas, são os principais fatores que levam o idoso ao endividamento.
“Acontece que os idosos estão sendo iludidos por diversas ofertas, que aparentemente são fáceis, mas no fundo só dão dor de cabeça”, afirma, completando que a maioria das financiadoras também não obedecem a lei que determina que o valor das mensalidades com empréstimos (um ou mais), não deve ser superior a 30% da renda mensal do contratante. Ela destaca que a maioria dos empréstimos são feitos por impulsos ou para terceiros.
Zoenir ressalta que a Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Cobap), juntamente com a Federação dos Aposentados e Pensionistas de Santa Catarina (Feapesc) e Associação dos Aposentados e Pensionistas de Lages (AAPL) se uniram para desenvolver e apresentar ao senado federal e autoridades competentes, propostas de projetos que visem a punição às empresas que desrespeitarem os direitos dos idosos ao oferecerem empréstimos aleatoriamente.
“Quem quiser contratar este tipo de serviço, deve procurar o banco onde recebe sua aposentadoria, pois as taxas são menores e, além disso, caso já tenha feito outros empréstimos, consegue negociar as taxas de juros”, completa.
A vice-presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Lages (AAPL), Zoenir Amaral, acredita que a oferta de dinheiro fácil, aliada ao fato de que muitas financiadoras oferecem o serviço apenas visando o cumprimento de metas, são os principais fatores que levam o idoso ao endividamento.
“Acontece que os idosos estão sendo iludidos por diversas ofertas, que aparentemente são fáceis, mas no fundo só dão dor de cabeça”, afirma, completando que a maioria das financiadoras também não obedecem a lei que determina que o valor das mensalidades com empréstimos (um ou mais), não deve ser superior a 30% da renda mensal do contratante. Ela destaca que a maioria dos empréstimos são feitos por impulsos ou para terceiros.
Zoenir ressalta que a Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Cobap), juntamente com a Federação dos Aposentados e Pensionistas de Santa Catarina (Feapesc) e Associação dos Aposentados e Pensionistas de Lages (AAPL) se uniram para desenvolver e apresentar ao senado federal e autoridades competentes, propostas de projetos que visem a punição às empresas que desrespeitarem os direitos dos idosos ao oferecerem empréstimos aleatoriamente.
“Quem quiser contratar este tipo de serviço, deve procurar o banco onde recebe sua aposentadoria, pois as taxas são menores e, além disso, caso já tenha feito outros empréstimos, consegue negociar as taxas de juros”, completa.
Fonte: Correio Lageano

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ESTAR ATENTO ÀS OPORTUNIDADES!



Jean-Paul Getty, que foi considerado o homem mais rico do mundo, na primeira metade do século passado, tinha por hábito dizer que “se todo o dinheiro do país fosse distribuído igualmente, até o último centavo, para toda a população, ele voltaria para as mesmas mãos, com muito poucas diferenças, em menos de 5 anos.” Naturalmente, isto nunca foi feito em nenhum país do mundo. Entretanto, há diversos fatos que comprovam como verdade a teoria de Getty.
No mundo todo, inclusive no Brasil, apenas 5% das pessoas que ganham grandes fortunas facilmente, basicamente em loterias ou heranças, conservam ou aumentam suas riquezas. A grande maioria das pessoas, em 5 anos ou menos, volta a ser pobre. Muitas vezes, com menos do que tinham antes.
Uma comprovação curiosa foi publicada pelo jornalista Nelson Barretto, em seu livro “Reforma Agrária: O Mito e a Realidade” (Julho de 2003). Embora seu enfoque tenha sido a revolução dos mitos, mentiras e hipocrisias a respeito do assunto, ele constatou que apenas 5% dos assentados prosperam; 95% tornam-se miseráveis moradores das favelas rurais ou partem para outras invasões de terras.
Para entender melhor esse ponto de vista, imagine que uma pessoa sem-terra consegue um lugar para morar. O fato de ela ter feito uma invasão bem sucedida não diz quem ela é realmente, tampouco muda sua mente. Mesmo que consiga invadir mais 10 terras, nunca terá um pensamento que a leve ao topo, somente à próxima invasão. Ou seja, ficará junto com os 95% das pessoas que invadem ou que simplesmente não crescem.
Esta constatação estatística é usada pelos cassinos nos Estados Unidos. Os ganhadores em roletas, mesas de jogo de cartas e de dados, por maiores que sejam, recebem os prêmios em dinheiro e à vista, entretanto, os prêmios acumuladores nas máquinas caça-níqueis são pagos em parcelas anuais. Tal medida é uma proteção, visto que se pressupõe que os jogadores das mesas sabem lidar com dinheiro, ao passo que quem joga nas máquinas são pobres e aposentados que perderiam todo o dinheiro em pouco tempo e viveriam em condições piores do que antes.
Por que 95% das pessoas não sabem lidar com dinheiro, independente da condição social, de cultura, ou de formação? Por que apenas 5% conseguem construir fortunas, apesar de muitos deles não possuírem estudos formais? Sorte? Chance? Oportunidade? Absolutamente NÃO! Não, no sentido como os 95% pensam.
Para começar, sorte é o encontro da capacidade com a oportunidade. Oportunidades existem para todos, em todo lugar e a todo o momento! Entretanto, somente os capacitados conseguem enxergar as oportunidades. Então, muitos diriam: “Ora! Os pobres são pobres porque não recebem capacitação!” De fato, ninguém recebe capacitação, como se recebe o ar ao inspirar; só é conseguida se for buscada e não depende de dinheiro, estudos, cultura ou qualquer conhecimento.
Onde está a capacitação a ser buscada? A resposta está mais perto do que se possa imaginar. Está na mente de cada um! Por exemplo, quando alguém sai à rua, procurando emprego, tendo pensamentos como “… está difícil…”, “… não vou encontrar…”, etc., certamente não encontrará. É muito possível que, até mesmo, passe por diversas placas de “Procura-se…” e nem perceba. Por quê? Sua mente está preparada para ver apenas o que está procurando, isto é, o “não vou encontrar”. Sua mente está trabalhando na construção da confirmação do que já se determinou.
A mentalização é o primeiro passo, entretanto, não é o suficiente. Desde quando nascemos, somos educados a termos medo: “não faça isso ou aquilo porque você vai se machucar”, “vai doer”, etc. Assim, o maior erro que cometemos é termos medo de cometê-los e passamos a procurar explicações e justificativas para o fracasso. A ótima notícia é que isso pode ser mudado! Basta começar a pensar positivamente. Os 5% fizeram essa mudança e qualquer um pode. Estejamos atentos e vigilantes.