quinta-feira, 27 de setembro de 2012

JUROS


Juro é o dinheiro que lhe é cobrado pelo crédito concedido. É a remuneração que a instituição, que lhe concedeu crédito cobra por ter-lhe conferido um empréstimo. Este empréstimo pode ser em forma de dinheiro ou de uma compra a prazo, de um determinado bem ou serviço. O juro é expresso como um percentual sobre este empréstimo em relação ao tempo de cobrança. Este percentual é chamado de taxa de juros e é cobrado como se fosse um aluguel pelo crédito que lhe é concedido.
Os juros aparecem na nossa vida, sempre que optamos por parcelamentos, financiamentos ou consórcios, que demandam tempo para quitação. Eles podem ser de duas maneiras, simples ou compostos. Os juros simples são calculados da seguinte maneira. A taxa de juros é aplicada sobre o valor principal em forma linear. Num exemplo bem simples poderemos compreender melhor esta explicação. Uma pessoa deve R$ 100 reais para outra. O pagamento ficou acertado para dois meses a partir da data da contratação da dívida. A taxa de juros simples aplicada é de 10%. O cálculo é feito multiplicando o valor principal que é de R$ 100 reais pela taxa de juros que é 10%. O resultado é multiplicado por 2 que representam os dois meses. Nesse exemplo o resultado final é R$ 120 reais. O devedor deverá pagar no segundo mês, o valor devido de R$ 120,00. R$ 100 reais do capital emprestado e mais R$ 20,00 de juros simples.
Os juros compostos são os mais comuns cobrados pelas instituições financeiras e casas de comércio. Os juros de cada período são somados e incorporados ao valor principal ou capital. Isso é feito periodicamente para os cálculos de juros de cada próximo período. Num exemplo simples, uma pessoa deve R$ 100 reais para outra. O pagamento ficou acertado para dois meses a partir da data da contratação da dívida. A taxa de juros compostos aplicada é de 10% ao mês. O cálculo é feito multiplicando o valor principal que é de R$ 100 reais pela taxa de juros que é 10%. O resultado são juros de R$ 10,00 que são somados ao capital, resultando em R$ 110,00 no primeiro mês. No segundo mês, o novo capital principal será de R$ 110,00 que é novamente multiplicado pela taxa de juros de 10%. O resultado agora é R$ 11,00 que são somados ao capital, resultando em R$ 121,00 no segundo mês. O devedor deverá pagar no segundo mês, o valor devido de R$ 121,00. R$ 100 reais do capital emprestado e mais R$ 21,00 de juros compostos.
Há dívidas boas e dívidas más. As dívidas boas são aquelas que te trazem mais dinheiro em relação aos juros. Por exemplo, se você compra um imóvel à prazo e este imóvel valoriza mais do que você pagou de juros, então você fez uma dívida boa. Agora, se você compra o imóvel e não consegue pagá-lo ao longo do financiamento, então fez uma dívida má, porque além de perder o dinheiro aplicado, pagou juros excessivos e não ficou com o imóvel.
O certo mesmo, conforme os conselhos dos mais experiente é fugir das dívidas. Tente comprar, sempre que possível, à vista. Se não conseguir comprar à vista no momento, arrume uma maneira de melhorar sua renda e mudar o hábito de compras parceladas. Geralmente estas compras parceladas são recheadas de armadilhas. Juros abusivos embutidos te levam sempre à desembolsar dinheiro. Habitue-se a controlar suas despesas.
Quando uma pessoa tem o dinheiro, pode barganhar com o vendedor por descontos. Pode conseguir preços melhores e pode ainda escolher não comprar numa determinada loja. Ele tem a liberdade de comprar onde bem quiser. Estes são conselhos simples mas que podem ajudar muitas pessoas no seu dia a dia. Pense bem antes de se entregar às dívidas.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O PLANEJAMENTO FINANCEIRO

O planejamento financeiro nada mais é do que o trabalho realizado no presente, com vistas a alcançar um futuro mais tranquilo. Abrange ter conhecimento de finanças, aprender a controlar as receitas e as despesas. Este conhecimento só pode ser adquirido através de estudo e leitura de temas voltados a administração, contabilidade e economia.
O significado do planejamento é a consumação de um projeto, que envolve discernimento nas escolhas, adotar novos rumos e caminhos com reserva financeira. Aliás, o planejamento objetiva a soma destas reservas ao longo dos anos, para uma espécie de deleite na velhice.
Além de nos colocar mais próximos de nossos sonhos, o planejamento também nos indica caminhos mais curtos. Altera nossa rota natural e faz com que estejamos no controle. Esse controle só escapará de nós, se vacilarmos no contato com o objeto principal do planejamento, que é o dinheiro.
O dinheiro afeta o lado emocional das pessoas. Problemas conjugais e uma menor produtividade são sempre observados, quando há falta de dinheiro. Por essa razão, é imprescindível entender e compreender, de forma mais abrangente a importância da educação financeira.
Dizem que o dinheiro faz mal às pessoas, eu digo que mal faz a falta de dinheiro e não propriamente o dinheiro em si. Portanto, planejar a vida financeira é indispensável e fundamental.
A falta de uma cultura voltada para o controle financeiro faz com que uma grande maioria de brasileiros viva “correndo atrás do prejuízo”. Essa ausência de educação financeira joga o cidadão ao endividamento. As armadilhas estão cada vez mais presentes, como carnês e mensalidades “a perder de vista”. Prestações que cabem no bolso. Juros abusivos e cláusulas absurdas amarram as pessoas, fixam em suas mentes que nunca conseguirão ter nada se não comprarem parcelado. Mesmo que tenham que pagar geralmente o dobro pelo bem.
A matéria “educação financeira” deveria ser obrigatória nos bancos escolares. É tão importante para uma pessoa saber sobre a importância do dinheiro em sua vida, como é aprender história, geografia e ciências. É possível o convencimento pessoal das pessoas a adquirir uma nova cultura focada no planejamento e controle financeiro. Consequentemente, é possível acumular riquezas e realizar sonhos genuínos. Não importa se os rendimentos não são altos agora. Com o tempo, eles crescerão. E como crescerão? Porque com planejamento financeiro, se aprenderá a ter respeito pelo dinheiro.
Ouvi recentemente, que um antigo fazendeiro, que morava aqui em Curitibanos foi procurado certa vez por um rapaz, com o objetivo de um empréstimo pessoal “a juros” como se dizia naquele tempo. O fazendeiro era proprietário de uma vasta extensão de terras e detentor de centenas de cabeças de gado. Ele convidou o rapaz para se esquentarem, ao redor do que sobrara de uma fogueira. Era inverno e as pessoas tinham o costume de fazerem fogueiras para se esquentar, tomar chimarrão e conversar. Enquanto o rapaz tentava persuadir o fazendeiro a lhe emprestar o dinheiro, o jovem tirou um cigarro do bolso. Perguntou para o fazendeiro, se ele tinha fósforo ou um isqueiro. O fazendeiro foi enfático e respondeu secamente: “Não lhe emprestarei o dinheiro que me pediu! Estamos ao redor destas brasas. Você pode acender vários cigarros com este fogo abundante, mas ao invés disso, me pede para que eu gaste um palito de fósforo para acender teu cigarro? Se você não cuida do meu fósforo agora, não cuidará do meu dinheiro futuramente”. Quem contou-me isso afirma que se trata de um acontecido verdadeiro.
Muitas pessoas que são proprietárias de bens valiosos hoje, aprenderam a dar o devido valor ao dinheiro no passado. Entretanto, não se aprende da noite para o dia sobre o planejamento financeiro. Existem várias etapas que devem ser superadas. Espero ao longo destes artigos ajudar aos leitores sobre este assunto tão ausente e necessário em nossa época.